segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Ai, ai...

É triste essa esquerda brasileira.


Para presidir a Câmara após a desastrosa passagem de Severino vemos o seguinte acontecendo com os partidos ditos de esquerda:


PPS – Roberto Freire, que ainda se diz um cara de esquerda, e seu partido fecharam apoio ao candidato do PFL, Nonô;
PV – O partido de Gabeira, combatente de Severino, também decide apoiar Nonô para presidente da Câmara;
PDT – Cristóvam Buarque, recém-filiado ao partido, vai ter que engolir seu discurso de mudanças e ver seus novos companheiros apoiarem a candidatura de Nonô;

Porque esses partidos não aproveitam o momento para transformar a Casa num exemplo, respeitando a bancada com a maioria e elegendo um nome que seja desvinculado à elite parlamentar? O PT abriu mão da candidatura. Ta certo que Aldo tem muita identidade com o governo... mas ninguém colocou nenhum nome que representasse alguma mudança:


Temer é macaco-véio do Congresso;
Ciro é o filho-adotivo de Severino;
Aldo foi articulador político do governo;
Nonô já tem história no Congresso e é um oposicionista. Não vai ajudar em nada;
Os restantes, não valem a pena nem falar.

Na minha opinião, o nome deveria sair do PSB. Ou, pelo menos, deveria representar algum tipo de mudança... seja de grupos políticos, de pessoas, enfim...

Um comentário:

slavo disse...

De fato Diogo, grande parte da esquerda brasileira, digo PSol/PDT/PV e PPS, além de desunida, é egoísta e caquética. Pensando apenas em proveito próprio, faz o jogo da oposição, acreditando que um moralismo retórico trará alguma coisa. Se estivessem realmente com o futuro político do país não contribuiriam para a volta ao poder dos velhos patriarcas. Enquanto isso, as raposas roem o osso livremente.