sábado, 30 de maio de 2009

um poema cabeçóide

esse é de outubro de 2005


Contemporaneamente
Contemporizar
Comigo, sentar
Com teu par
Contemplar
Contigo,
Enfim,
Sei lá.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Equilíbrio de poder

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tem enfrentado pouca dificuldade no Congresso para levar adiante a sua agenda de reformas. Além de ter sido eleito com folgada vantagem em relação à candidata do Partido Socialista, Ségolène Royal, detém ampla maioria no Legislativo. Mais do que amplo apoio à plataforma sarkozista, tal hegemonia direitista denota a dificuldade da esquerda francesa em estabelecer uma agenda  que se lhe contraponha. 

Seria um erro, no entanto, superestimar a força de Sarkozy. No nível local, das prefeituras, o PS francês detém grande influência. Estão sob o seu comando Paris, Lyon, Lille, dentre outras. As iniciativas mais inovadoras e progressistas em termos de soluções para as questões urbanas, na França, passa por essas cidades, que são hoje referência sobretudo no que se refere a transporte público.

Ocorre no Brasil o oposto. A esquerda detém o controle da agenda a nível nacional. A direita tucano-pefelista ainda está para definir um discurso que se contraponha à plataforma lulista de "crescimento econômico com distribuição de renda". No entanto, os principais estados e cidades estão sob o controle da oposição. Mais que isso, nos últimos quatro anos são administrações de oposição as que têm apresentado políticas públicas mais criativas e que apontam para uma eventual agenda pós-Lula. Mais especificamente, me refiro às administrações do PFL em Brasília e São Paulo. É lá onde novas ideias têm surgido e novas respostas às preocupações do eleitorado têm sido dadas.