Seria um erro, no entanto, superestimar a força de Sarkozy. No nível local, das prefeituras, o PS francês detém grande influência. Estão sob o seu comando Paris, Lyon, Lille, dentre outras. As iniciativas mais inovadoras e progressistas em termos de soluções para as questões urbanas, na França, passa por essas cidades, que são hoje referência sobretudo no que se refere a transporte público.
Ocorre no Brasil o oposto. A esquerda detém o controle da agenda a nível nacional. A direita tucano-pefelista ainda está para definir um discurso que se contraponha à plataforma lulista de "crescimento econômico com distribuição de renda". No entanto, os principais estados e cidades estão sob o controle da oposição. Mais que isso, nos últimos quatro anos são administrações de oposição as que têm apresentado políticas públicas mais criativas e que apontam para uma eventual agenda pós-Lula. Mais especificamente, me refiro às administrações do PFL em Brasília e São Paulo. É lá onde novas ideias têm surgido e novas respostas às preocupações do eleitorado têm sido dadas.
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