OS SIMPSONS
Um fenômeno esse filme dos Simpsons. Seu lançamento é uma lição de marketing integrado e bem feito. Sua estréia no Brasil será na sexta-feira, 17 de agosto, e imagino que seja um sucesso.
Nos cinemas daqui do Rio, a maioria das salas têm um grande painel com a família Simpson em seu famoso sofá; ao lado, há um banquinho para as pessoas sentarem e tirar fotos com a família americana. Crianças, principalmente, são muito atraídas pelo simples banco ali ao lado. Mas beleza, não é por isso que a comunicação é bem feita. Mas já mostra uma sacada diferente, convidando o público a interagir com uma peça que normalmente está ali para ser exposta, simplesmente.
Tudo começou nos Estados Unidos. A turma fechou uma parceria com a rede Seven-Eleven (rede de lojas de conveniência) e com a Budweiser nas várias cidades com nome "Springfield". Pois bem, os Seven-Elevens dessas cidades viraram "Kwiki Mart" e as Budweisers viraram "Duffs". Só não contrataram indianos para ficar nos balcões desses estabelecimentos.
Em seguida, eles lançaram uma campanha para definir quais de todas as "Springfields" sediaria a premiere do filme. Para isso, as cidades receberam vários galões de tinta amarela para fazer sua gravação de candidatura. Se não estou enganado, ganhou uma Springfield do estado de Long Island; em torno de 18 cidades pleitearam a vaga o que mostra um interesse e envolvimento de um público grande e geograficamente espalhado.
Existe um site, também, onde você cria um avatar seu para os Simpsons. Funciona parecido ao Second Life e é uma ferramenta super divertida. Não cheguei a finalizar nada, mas brinquei um bocado criando minha versão simpsoniana.
O lançamento da trilha sonora dos Simpsons também foi um sucesso. Como é a caixinha do CD? Um donut, a velha rosquinha com uma cobertura rosada. Sensacional!
Ainda houve outras ações; uma delas chamou muita atenção na Inglaterra. Ao lado da endeusada figura do Gigante de Cerne Abbas, por exemplo, que representa a fertilidade, foi desenhada uma figura de Homer com seu donut. Obviamente que causou muita discussão o que mostra que conseguiram criar um buzz legal em cima do filme. É aquela coisa: bem ou mal, falem de mim.
Mesmo que seja ruim, a expectativa gerada por meio de uma comunicação eficiente é grande. Eles integraram vários tipos de ações diferentes atingindo um público grande e diferenciado.
Estou animado com este filme. Espero que possa assisti-lo em inglês... estou com saudade de ouvir Homer Simpson na versão original...
3 comentários:
o mais importante disso tudo, diogo, é a qualidade do produto. marketing é importante, e marketing criativo mais ainda, mas não é tudo. Se o produto fosse fraco, não teria conseguido, em um mês a proeza de arrecadar meio bilhão de dólares até agora. Todas as críticas que li até agora - inclusive uma da Economist, que raramente faz crítica de cinema - são positivas. Como a de Ricardo Calil por exemplo: http://ricardocalil.com.br/?p=599 . Eu também quero ver em versão original. Em português, Homer não fala "D'oh!", o que é um defeito básico.
vi o filme ontem. ele é curto mas gostei bastante. várias sacadas, como sempre. a dublagem não é ruim, mas como tu disseste: assistir aos Simpsons sem ouvir Homer dizer "D'oh" não dá pra dizer que viu os Simpsons...
sem contar o indiano do kwiki mart... pq danado nao colocaram o sutaque na dublagem?!?!
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