quinta-feira, 30 de junho de 2005

CICINHO 4 X Argentina 1

Após 11 anos de Cafu na lateral direira do Brasil, eis que surge uma personalidade nova, e muito melhor, para ocupar a posicão do capitão brasileiro. O conservadorismo de Parreira, entretanto, dificilmente será capaz de dar o chute na bunda de Beletti e colocar Cafu no banco de reservas.
Ontem, Cicinho mostrou seu futebol, participou dos quatro gols da selecão, cruzou bem, atacou com perigo, se movimentou sem bola, defendeu. Faltou seu gol para coroá-lo!
Se havia dúvida sobre quem seria o substituto de Cafu na selecao, agora não há mais. O que há é a certeza de que a era-Cafu já tem seu fim marcado. Só depende de Parreira querer jogar com o que há de melhor em cada posicão, e na lateral direita, o nome é Cicinho.
No jogo de ontem, vale registrar a mediocridade de Parreira ao substituir um jogador do nível de Kaka, por um Renato: um jogador tão medíocre quanto aquele que o convoca. Mas vamos ver... vamos ver até que ponto vai a ousadia de Parreira... ele tem muito bons nomes para vagas limitadas ou "cativadas", como no caso da lateral-direita de Cafu.
Bom jogadores, nós temos. Falta técnico com ousadia e coragem para fazer mudanças... ai, que saudade de Felipão...

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Administrando o Esporte

Onde está a saída, então, para a indústria esportiva no país? Afinal, já foram criadas as Leis Zico, a Lei Pelé e a Lei Piva; já foram criadas loterias para subsidiar as atividades esportivas. Enfim, o governo tenta; porém, suas ações têm se mostrado ineficazes, pois pouco mudou no setor de esportes. O futebol, carro-chefe da indústria esportiva, sofre intervenções do governo, da Confederação Brasileira de Futebol e do Clube dos 13, mas permanece com características e números insatisfatórios.


Por mais que ações sejam tomadas e leis sejam criadas, o problema é estrutural. Fora as ações tomadas com relação aos clubes, como as requeridas pelo Estatuto do Torcedor, é importante atuar na estrutura atual de Confederações e Federações. São elas quem dão, ou não, condições para uma indústria prosperar por meio de ações que beneficiem ao todo; e são elas quem devem eliminar vícios culturais de uma classe que usa o esporte para fins pessoais e/ou de seus próprios clubes.


A dificuldade, no entanto, está no fato de que todas as pessoas envolvidas nessas diversas entidades não têm interesse em mudar, em renovar. Visto que a maioria das pessoas envolvidas está no ramo há mais de uma década, é difícil implementar mudanças diretamente no topo da pirâmide onde encontram-se os dirigentes. Eles são, em sua maioria, os mais resistentes às mudanças trazidas dentro do Estatuto do Torcedor, por exemplo. Por isso, o Estatuto é interessante: ele faz cobranças e requerimentos os quais os dirigentes amadores não estão dispostos a assumir; ou seja, a conseqüência é uma mudança natural das pessoas envolvidas na área. Por enquanto, é normal que haja alguns pontos não-cumpridos por parte dos clubes, porém, com o tempo, a punição é fundamental para mostrar que a legislação foi, de fato, feita para ser cumprida.


Mexer na estrutura quer dizer ter pessoas que busquem desenvolver políticas de sustento e de desenvolvimento de agremiações esportivas, tais como:
Reverter receita de bingos ao esporte;
Isenção de impostos para investidores em esporte;
Reverter impostos recolhidos do setor à própria indústria;
“A abertura de uma linha de crédito especial através do BNDES para inversões em atividades esportivas de caráter relevante” (Ary S. Graça Filho e Istvan Kasznar, 2002);
Privatização da infra-estrutura esportiva (Ary S. Graça Filho e Istvan Kasznar, 2002);


Também faz parte de mexer na estrutura buscar administrar os torneios e campeonatos sem influências de grupos de interesse; criando leis, como já vem sendo feito, com o objetivo de modernizar e profissionalizar as gestões dos clubes; e monitorando a forma como o dinheiro público direcionado ao esporte é utilizado por meio de, por exemplo:
Exigência de demonstrações de resultado;
Auxílio com base em desempenho comprovado;
Exigência de rotatividade de dirigentes e democratização do sistema que os elege;
Continuidade de repasse apenas aos que cumprem os prazos de entrega de relatórios e demonstrações exigidos para efetuação do repasse;


O Estatuto do Torcedor é importante para o desenvolvimento do futebol, embora saibamos que ele não pode ser totalmente obedecido por todos os clubes do país devido às suas diversas realidades. O Estatuto revoluciona: ele foca na segurança dos torcedores; ele cobra responsabilidade de dirigentes com relação ao serviço prestado; ele começa, de forma gradativa, a mudar a face do esporte no país, bem como a estrutura que o administra.

SEM RUMO, SEM MARCA E COM MUITO PAULISTA.

A crise política no Brasil me causa cada dia mais tristeza. As coisas não acontecem e, quando acontecem, tardam muito em se concretizar. É inércia? Inabilidade política?
O governo assumiu em 2003 uma máquina complexa cuja gestão havia estado sob um mesmo grupo há mais de 40 anos. É preciso paciência na hora de se exigir tanto desse governo num primeiro mandato. É necessário, também, reconhecer que não se governa sozinho e que, para governar, às vezes temos que nos aliar a forcas as quais nunca havíamos nos alinhado anteriormente. A concepcão de governar deve mudar no momento em que se assume um governo; deixar de ser oposicão para tornar-se governo é uma virtude a qual poucos oposicionistas tem.
Entretanto, para governar é importante ter rumo e agilidade. Ou seja, uma marca e poder de acão. No momento, esse imaturo governo está desprovido de ambas as qualidades, pois ele chega em sua reta final sem um legado e com uma imagem de lento em momentos de crises.
O problema? Há vários, na verdade. Mas um fator chave é a cúpula paulista do governo: José Genoíno, José Dirceu, Aloízio Mercadante, João Paulo Cunha. Esses indivíduos exercem uma influência negativa no governo; eles trabalham em funcão de seus projetos pessoais. Enquanto o governo continuar a se respaldar em pessoas dessa qualidade podemos ter certeza de que ele acabará e a mediocridade será a sua principal característica. É preciso buscar os verdadeiros quadros petistas no Brasil, e eles não estão todos em São Paulo. Temos que se voltar para áreas chave, como Acre, Rio Grande do Sul, Pernambuco. Chega de paulistas na cúpula desse governo... aliás, na cúpula de qualquer governo!

segunda-feira, 27 de junho de 2005

"Bocejando" é o mais novo Blog na internet. Ele veio para acabar com a minha ociosidade em certos momentos... Para quem ler, pode ser um bom causador de sono. Para mim, é, justamente, o contrário.

A idéia é colocar tudo na roda para todos! Anseios, dúvidas, indignacões, opinião, banalidades. Qualquer coisa que me dê vontade de "viajar" à respeito.

Sem mais,

Diogo J