quarta-feira, 29 de junho de 2005

SEM RUMO, SEM MARCA E COM MUITO PAULISTA.

A crise política no Brasil me causa cada dia mais tristeza. As coisas não acontecem e, quando acontecem, tardam muito em se concretizar. É inércia? Inabilidade política?
O governo assumiu em 2003 uma máquina complexa cuja gestão havia estado sob um mesmo grupo há mais de 40 anos. É preciso paciência na hora de se exigir tanto desse governo num primeiro mandato. É necessário, também, reconhecer que não se governa sozinho e que, para governar, às vezes temos que nos aliar a forcas as quais nunca havíamos nos alinhado anteriormente. A concepcão de governar deve mudar no momento em que se assume um governo; deixar de ser oposicão para tornar-se governo é uma virtude a qual poucos oposicionistas tem.
Entretanto, para governar é importante ter rumo e agilidade. Ou seja, uma marca e poder de acão. No momento, esse imaturo governo está desprovido de ambas as qualidades, pois ele chega em sua reta final sem um legado e com uma imagem de lento em momentos de crises.
O problema? Há vários, na verdade. Mas um fator chave é a cúpula paulista do governo: José Genoíno, José Dirceu, Aloízio Mercadante, João Paulo Cunha. Esses indivíduos exercem uma influência negativa no governo; eles trabalham em funcão de seus projetos pessoais. Enquanto o governo continuar a se respaldar em pessoas dessa qualidade podemos ter certeza de que ele acabará e a mediocridade será a sua principal característica. É preciso buscar os verdadeiros quadros petistas no Brasil, e eles não estão todos em São Paulo. Temos que se voltar para áreas chave, como Acre, Rio Grande do Sul, Pernambuco. Chega de paulistas na cúpula desse governo... aliás, na cúpula de qualquer governo!

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