A oposição conservadora às forças progressistas que controlam os governos do Recife e de Pernambuco perdeu o embate na esfera política. Os representantes da direita que não aderiram às forças progressistas vêm sendo paulatinamente postos à margem do jogo partidário, pela escolha dos eleitores.
O último resquício da oposição de direita em Pernambuco é o Judiciário - não por acaso, o menos sujeito ao escrutínio popular. Sem opção, desprovidas de propostas e de um discurso que encontrem ressonância na sociedade, as forças reacionárias do estado apelaram para a judicialização da disputa política.
A acusação é frágil e não se sustenta. Difícil responsabilizar o então secretário municipal, João da Costa, pelo uso escuso de duas contas pessoais de e-mail. Algo análogo ocorreu em São Paulo reccentemente, quando funcionários do prefeito Kassab teriam repassado mensagens eletrônicas para servidores municipais. A sentença, ademais, é incoerente. Porque se o juiz Nilson Nery viu por bem responsabilizar o secretário pela ação de seus subalternos, por que não seguir subindo na hierarquia até o prefeito João Paulo? É altamente questionável que esse ato isolado de envio de e-mails por parte de dois indivíduos seja abusivo ou mesmo que represente um claro desequilíbrio político e econômico em prol do candidato da situação.
Margarida Cantarelli tinha um logotipo laranja e preto quando, em 1986, foi candidata a senadora pelo PFL. Agora, como desembargadora, ao tornar legal a divulgação de informação protegida sob sigilo de justiça, serve de laranja da oposição para obscurecer a disputa política na cidade e demonstra ser adepta da fidelidade partidária. Nilson Nery, que acatou a representação fajuta do MPPE, mostrou fidelidade canina àqueles que o colocaram nessa mamata. Acusem-no do que quiser, menos de ingrato!
A arbitrariedade do juiz não é sem propósito. A menos que se acredite que foi a primeira vez que algo do gênero tenha ocorrido na cidade... Até o blogue jarbista de Jamildo reconhece o tratamento, digamos, diferenciado dispensado aos adversários políticos daqueles que deveriam zelar pelo cumprimento da lei - basta ver aqui. Sem contar que a divulgação de dados sigilosos não é vista da mesma forma indignada... Dois pesos e duas medidas.
Em instâncias superiores, tal sentença, por precária, cairá. O intuito, no entanto, não é fazer justiça. Trata-se de fazer política por outros meios. O timing, a menos de duas semanas das eleições, não poderia ser mais conveniente. A oposição (partidária, é preciso lembrar) já tenta propagar a desinformação, divulgando por meio de carros de som e panfletos apócrifos a cassação da candidatura governista de João da Costa. Ora, o fato é que, enquanto couber recursos, a candidatura permanece. Mas, como já foi dito, não se trata, em absoluto, de se fazer justiça. A oposição estilou.
***
Resta saber como a população interpretará os acontecimentos. Vejo três cenários potenciais:
1 - Contingente significativo do eleitorado verá a decisão judicial como indicação de que o candidatao João da Costa é corrupto, não presta. Decide votar em outro candidato. Dependendo da intensidade desse movimento, isso pode apenas causar o advento do segundo turno ou, mais radicalmente, reverter as atuais tendências de intenção de votos.
2 - As intenções de votos se manterão inalteradas. A decisão do juiz de oposição apenas reforçará as posições já tomadas. Aqueles que se opõem ao candidato do PT, verão na decisão a confirmação de suas idéias, enquanto que os que o apoiam verão o fato como mais um episódio da luta política.
3 - Movimento em direção ao candidato perseguido pelo Judiciário. O episódio pode ser visto como perseguição política, jogo baixo, e atrair novos eleitores. Ademais, é possível que a radicalização da oposição funcione no sentido de trazer o Presidente Lula para participar de ato de campanha ainda no primeiro turno. Isso poderia trazer um importante impulso no sentido de definir de uma vez por todas a disputa.
***
E se você quiser saber quem é Nilson Nery, o que fazia antes de ser indicado para o TJPE, quem o indicou, em que ano foi aprovado na Assembléia Legislativa, etc... Desista. Não há em parte alguma da Internet qualquer informação sobre a história recente. Nem adianta entrar na página do TJPE. Pois se você conseguir passar adiante da feiúria e bagunça da página inicial, desejo boa sorte para quem se arriscar pelos meandros labirínticos de um site típico do poder menos transparente da república. O site reflete bem a realidade...
***
Vale lembrar que o Poder Judiciário não é a única esfera em que a oposição de direita mantém controle. Na imprensa, o quarto poder, também prevalecem. Basta ver o teor das manchetes dos jornais hoje. O destaque dos três jornais locais foi para a "cassação" - o que de fato não houve. Para que possa se consumar, precisaria que todos os recursos tivessem sido exauridos. E esta foi uma decisão em primeira instância. Meros detalhes?
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Maradona ou Pelé?
Eis aí um relevante debate interregional...
----- Mensagem encaminhada ----
De: Diogo Loureiro Jurema <diogojurema@
Para: Bernardo Jurema <bernajurema@>; Letícia Jurema <letijurema@>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Junho de 2008 15:01:32
Assunto: RE: Enc:
beloba, este debate é sem fim. tive vários deste tipo com amigos mexicanos. :)enfim, não dá para comparar, como você muito bem falou, spielberg com bergman, a não ser que a gente parta para o gosto particular de cada um. maradona era foda demais! realmente. e ganhou uma copa SOZINHO. o estilo de jogo dele, de dribles e privilegiando sempre sua individualidade permitiu isto. o cara era um mágico com a bola e mais habilidoso do que qualquer um.pelé foi campeão três vezes, mas nestas três vezes ele contou com jogadores como garrincha, vavá, didi, tostão, rivelino, gerson, carlos alberto torres, nilton santos e por aí vai. ou seja, pelé sempre teve um tive de qualidade por trás que se encaixava bem com seu estilo, muito mais coletivo de distribuição de bolas e sempre marcando gols.tem mais um grande diferencial entre estes dois personagens: construção de imagem. pelé foi muito mais profissional neste aspecto, muito político e sempre se preservando de escândalos. maradona, não... publicamente sempre foi brigado com havelange e a cúpula fifeana, era muito porra-louca (tanto em seus envolvimentos com drogas quanto com relação a posições políticas. ex: na copa de 1990, na itália, ele jogava pelo napoli; quando teve o jogo argentina x italia ele deu várias declarações incentivando os napolitanos a torcerem para a argentina com discursos carregados de preconceito de norte x sul que existe por lá), totalmente politicamente incorreto.essa discussão é sem fim. acho que maradona conseguiu não ter se tornado uma figura mais admirada. méritos dele c(porque parece que buscou isto). e pelé sempre trabalhou esta questão da imagem. mérito de cada um, pois aparentemente, cada um conseguiu o que queria.particularmente, acho que maradona foi foda demais! apesar de pelé também ter sido; e conseguiu manter-se no topo por muito mais tempo. ou seja, antes de partir para a opinião pessoal de cada um, os dois foram bons, cada um em sua especialidade, tinham papéis fundamentais nas equipes nas quais atuaram e foram revolucionários jogando futebol, cada um a seu estilo.respeito a opinião de que achar que maradona foi melhor ou que pelé foi melhor. não podia é ninguém aparecer dizendo que dunga foi o melhor de todos os tempos. aí seria muito absurdo!
Diogo Jurema
Diogo Jurema
Date: Sat, 21 Jun 2008 13:49:56 -0300
From: mateusalvessouza@
To: bernajurema@
Subject: Re: Enc:
CC: joche57@; rodri.cav@; joaolima80@
boa, diogo.
eu acho que o simples fato de pelé ter sido campeão mundial três vezes já o faz ser melhor. jogador bom, na minha opinião, é jogador campeão. quem pode ser melhor de um que foi campeão da copa do mundo três vezes?! o torneio mais importante do futebol. maradona criou muita fama com o bocão dele também, aquela língua sempre afiada. há quem diga, inclusive, que o grande craque argentino é di stefano - jogou pelo real madrid naquela época que ganharam umas 9238 copas dos campeões na década de 60. agora, pelo que eu lembro ele se naturalizou espanhol, parece, jogou tanto pela argentina como pela espanha, acho. pelé não fica muito atrás no quesito bocão, falando as merdas dele, mas pelo menos não insulta tanto ninguém como faz o argentino, só fala besteira mesmo.
quanto ao quesito bola no pé acho pelé incomparável, e não me venham dizer que na época dele era mais fácil e não sei o quê porque não era. pelé foi, com certeza, um dos jogadores mais marcados da história! é só ver os vídeos que você sempre vê um cara em cima e uns dois na sobra e tal, a coisa é que ele era tão foda que conseguia sair de todo mundo e ainda por cima fazer jogadas maravilhosas. sem contar que ela era craque no quesito provocação também - tem um vídeo de pelé jogando na la bombonera com o santos e tirando uma onda com a galera do boca, que tava puta com ele porque ele tava fazendo maravilhas. maradona era habilidoso sim, mas era limitado, não sabia cabecear (sabia fazer gol de mão), não tinha pé direito é drogado (hehe) etc. pelé, não precisa nem dizer, era perfeito em todos os fundamentos, um atleta exemplar, o atleta do século! quanto a essa coisa de maradona carregar time sozinho e pelé não aí já é outra discussão. acho que no futebol brasileiro nunca ninguém vai aparecer sozinho porque sempre vão ter outros craques ao redor, esse é justamente o diferencial do nosso futebol. pelé tinha garrincha, vavá etc em 58; garrincha, amarildo em 62; tostão, rivellino, gérson em 70; romário tinha bebeto, dunga (hehe) em 94; ronaldo tinha rivaldo, ronaldinho gaúcho em 2002... sempre vai ser assim no futebol brasileiro, que nunca pára de produzir craques.
acho que é isso. resumindo: pelé é o melhor jogador do mundo e da história e ponto final. só outro brasileiro pra barrar ele! heheh...
saudações rubro-negras.
2008/6/21 Mateus Alves <mateusalvessouza@gmail.com>:
só mais um ponto: futebol é um esporte coletivo, então não vejo sentido em classificar alguém como craque porque sabia ser individualista (não no sentido pejorativo). pra mim, inclusive, isso é mais um demonstrativo de como pelé era melhor: sabia de futebol o suficiente pra jogar pelo time também. claro que tinha suas jogadas individuais, mas nunca elas eram prioridade, diferentemente de maradona, que queria aparecer mais do que o papa...
ps. eu falei a coisa de pelé provocando a galera na la bombonera como exemplo de como ele era perseguido em campo - você vê isso no vídeo também - e ainda por cima conseguia se sair e tirar onda da galera...
ps2. o único defeito de pelé foi não ter jogado pelo glorioso sport club do recife. inclusive eke foi oferecido ao sport na década de 50 mas foi recusado, o que pode ser considerado o único erro administrativo da história do rubro-negro! parece que a galera achou ele era muito novo, hehe...
From: joche57@
To: mateusalvessouza@; bernajurema@; diogojurema@; ljurema@
CC: rodri.cav@; joaolima80@; borjademesa@; viejitastone@
Subject: RE: Enc:
Date: Sat, 21 Jun 2008 17:41:48 +0000
es cierto q puede parecer muy subjetivo decir que el futbol de antes no era tan competitivo como el de ahora. sin embargo, cuando uno ve la final del mundial de 1970 y ve la de 1986 o la de 1990 no se puede negar que la intensidad física es muy diferente y no creo que se trate de un problema de las gravaciones de la tv: la presión ejercida por la italia del 70 simplemente no tiene comparación con la presión ejercida por la alemania del 86. preicisamente este uno de los errores más graves para desacreditar a maradona, el hecho de que era un gordito no implica que no fuese un atleta que se la pasaba corriendo todo el partido y aguantando las marcas a lo largo de 90 minutos.
yo creo que el futbol se ha hecho más competitivo a lo largo del tiempo y también creo que hay ligas más competitivas que otras. una de las ventajas de maradona es que pudo ser el mejor tanto en argentina, una liga intensísima desde el punto de vista del marcaje, en españa, quizás más relajada en este aspecto -a pesar de que en los 80's se caracterizaba por la presencia de verdaderos gattusos- y en la italia del cattenaccio.
creo que mateus esta muy equivocado cuando dice que pelé jugaba más para el equipo que maradona. tal como dice Diogo, maradona ganó un mundial solito precisamente porque hacia que toda la atención estuviese en él para que sus amiguitos pudisen jugar. un claro ejemplo de esto es el gol de argentina a brasil, vean por favor como espera maradona a que cannigia -q era bueno, pero q basicamente corría- se desmarcase par darle ese pase que a larga les permite pasar.
esto es lo que digo por el momento...
bueno con este mail tb incorporó a la lista a dos amigos q saben de futbol para q comenten esat disputa que hizo q bernardo esuviese a punto de llorar de rabia en sus vaciones en barcelona
saludos gente
----- Mensagem encaminhada ----
De: João Costa Lima joaolima80@
Para: jose perez ; Mateus Alves ; Bernardo Jurema ; diogojurema@; leticia jurema Cc: Rodrigo Cavalcanti ; borja mesa ; Gonzalo Mengual viejitastone@
Enviadas: Terça-feira, 24 de Junho de 2008 12:18:26
Enviadas: Terça-feira, 24 de Junho de 2008 12:18:26
Assunto:
saudações a todos,
bueno, muito já foi dito e não pretendo cair em repetições apenas quero destacar que comparações correm sempre o risco de serem redutoras, simplistas e excludentes. sobre que critérios comparamos? com que olhar vemos?
eu como alface e carne, banana e maçã, arroz com feijão, ouço tom waits e mozart, admiro duchamp e da vinci, leio cortázar e beckett, e sou capaz de desfrutar de cada um pelas suas idiossincrasias, qualidades, histórias. é claro que se tratando de esportes o sentido competitivo surge inevitavelmente, e aí seria preciso ver um jogo entre pelé e maradona para talvez ter esta questão ainda com mais dúvidas. quem era melhor? ni puta idea.
para terminar, sem querer tomar partido, apenas lembro que se os critérios forem versatilidade e a idéia de "jogador completo", lembro que pelé além de atacar, fazer suas jogadas maravilhosas e marcar gols era o goleiro reserva naqueles tempos onde não se podia substituir o guarda-redes, e nesta condição chegou a defender o santos e até a seleção brasileira.
um abraço,
j
----- Mensagem encaminhada ----
De: Ana Cristina Loureiro Jurema ajurema@
Para: Bernardo Jurema bernajurema@
Cc: Merval Jurema merval@
Enviadas: Quarta-feira, 2 de Julho de 2008 9:25:22
Assunto: RES: my two cents!
Entao, com licença.
Li com atenção todas as mensagens. Extraindo as paixonites para a ´defesa´ de um ou de outro lado, muitos dos argumentos procedem, outros não.
«yo creo que el futbol se ha hecho más competitivo a lo largo del tiempo y también creo que hay ligas más competitivas que otras....»
Não dá pra medir. São épocas distintas. Com condições distintas, não acho que estes sejam parâmetros para avaliarmos um e outro.
Ambos se destacaram, porque eram bons, realmente fenomenais, nas épocas que jogaram (diferentemente de alguns fenômenos mais recentes).
Mas como chegar a alguma conclusão?
O melhor vai ser aquele que se incrustar no imaginário da população mundial e assim, virar referência, sinônimo de perfeição no jogo—não só daqueles apaixonados por futebol, mas do público em geral:
Julho de 1971. Pittsford High School, joguei no time de futebol de mulheres, como me destacava, saiu uma reportagem no jornalzinho da escola. O título muito politicamente incorreto para os dias de hoje: «pelé branca...». Estou falando de um subúrbio de Rochester, no estado de nova iorque, nos EE.UU., país que até hoje desconhece futebol.
Agosto de 1978 (a argentina tinha acabado de ganhar sua primeira copa). fronteira entre itália e iugoslávia. Nessa época a iugoslávia era «um país comunista» e era raro brasileiros aparecerem por lá. Éramos 4. mandaram a gente sair do carro, pegaram os passaportes da gente, nos levaram para uma salinha. Estávamos tensos. Do outro lado do balcão um cara fardado, levou uns bons minutos em silêncio examinando os nossos documentos. Por fim, levantou a cabeça, nos olhou e disse em um só fôlego: edson arantes do nascimento – pelé.... Foi uma festa.
Junho de 2008. reportagem da folha de são paulo , comemorando os 50 anos da final brasil-suécia no mundial.
«Gustavsson, 50 anos depois, ri e aplaude o famoso chapéu que a vida e Pelé lhe deram. O defensor sueco, hoje com 80 anos, ainda impressiona pelo físico. Com cerca de 1,90 m e forte, tomou conta de um dos sofás de sua bela casa em Norrköping. Não parou de sorrir na entrevista para a Folha. Quando mais riu? Na hora de contar o mais belo gol da Copa-1958. "Foi a primeira vez que vi aquilo [chapéu]. Fenomenal", diz ele, fazendo com a cabeça o gesto de acompanhar a bola o encobrindo. ""Fiquei procurando a bola. Pelé é fenômeno." Gustavsson era um atleta experimentado, atuava no futebol italiano.
Simonsson, um jovem craque em 1958. O autor do segundo gol dos anfitriões quase pôs fogo no jogo. ""Tinha 22 anos na Copa. Era o "Pelé da Suécia". Quando fiz o gol, ficou 4 a 2, e havia algum tempo para reação [faltavam dez minutos]. Tivemos duas chances para fazer 4 a 3. Seria outro jogo", garante ele, que vive em Gotemburgo. Veio até o Brasil no início dos anos 80 e visitou Nilton Santos e Garrincha. ""Foi a melhor Suécia da história, mas o Brasil jogou um grande futebol. Garrincha jogou muito aquela Copa, mas acho o Pelé o maior de todos. O público sueco gostou do jogo, gostou do Brasil."»
Ele vem há 50 anos em evidência. Acho que nenhum de vocês era nascido quando ele parou de jogar a serio (a época do cosmos, não vale). E vocês ainda estão discutindo sobre ele.
Quem é o melhor? Independentemente do gosto de cada um, o melhor é aquele que ficar na memória coletiva da humanidade - na história.
Daqui há 50 anos, façam a pergunta aos netos de vocês, e vejam o que eles vão responder!
mandem um recado lá pro céu – eu vou estar tomando meu whisquinho e dizendo «eu sabía! Eu sabía!»
Hehehe!
Cheiro grande a todos, aninha
Assunto: RES: my two cents!
Entao, com licença.
Li com atenção todas as mensagens. Extraindo as paixonites para a ´defesa´ de um ou de outro lado, muitos dos argumentos procedem, outros não.
«yo creo que el futbol se ha hecho más competitivo a lo largo del tiempo y también creo que hay ligas más competitivas que otras....»
Não dá pra medir. São épocas distintas. Com condições distintas, não acho que estes sejam parâmetros para avaliarmos um e outro.
Ambos se destacaram, porque eram bons, realmente fenomenais, nas épocas que jogaram (diferentemente de alguns fenômenos mais recentes).
Mas como chegar a alguma conclusão?
O melhor vai ser aquele que se incrustar no imaginário da população mundial e assim, virar referência, sinônimo de perfeição no jogo—não só daqueles apaixonados por futebol, mas do público em geral:
Julho de 1971. Pittsford High School, joguei no time de futebol de mulheres, como me destacava, saiu uma reportagem no jornalzinho da escola. O título muito politicamente incorreto para os dias de hoje: «pelé branca...». Estou falando de um subúrbio de Rochester, no estado de nova iorque, nos EE.UU., país que até hoje desconhece futebol.
Agosto de 1978 (a argentina tinha acabado de ganhar sua primeira copa). fronteira entre itália e iugoslávia. Nessa época a iugoslávia era «um país comunista» e era raro brasileiros aparecerem por lá. Éramos 4. mandaram a gente sair do carro, pegaram os passaportes da gente, nos levaram para uma salinha. Estávamos tensos. Do outro lado do balcão um cara fardado, levou uns bons minutos em silêncio examinando os nossos documentos. Por fim, levantou a cabeça, nos olhou e disse em um só fôlego: edson arantes do nascimento – pelé.... Foi uma festa.
Junho de 2008. reportagem da folha de são paulo , comemorando os 50 anos da final brasil-suécia no mundial.
«Gustavsson, 50 anos depois, ri e aplaude o famoso chapéu que a vida e Pelé lhe deram. O defensor sueco, hoje com 80 anos, ainda impressiona pelo físico. Com cerca de 1,90 m e forte, tomou conta de um dos sofás de sua bela casa em Norrköping. Não parou de sorrir na entrevista para a Folha. Quando mais riu? Na hora de contar o mais belo gol da Copa-1958. "Foi a primeira vez que vi aquilo [chapéu]. Fenomenal", diz ele, fazendo com a cabeça o gesto de acompanhar a bola o encobrindo. ""Fiquei procurando a bola. Pelé é fenômeno." Gustavsson era um atleta experimentado, atuava no futebol italiano.
Simonsson, um jovem craque em 1958. O autor do segundo gol dos anfitriões quase pôs fogo no jogo. ""Tinha 22 anos na Copa. Era o "Pelé da Suécia". Quando fiz o gol, ficou 4 a 2, e havia algum tempo para reação [faltavam dez minutos]. Tivemos duas chances para fazer 4 a 3. Seria outro jogo", garante ele, que vive em Gotemburgo. Veio até o Brasil no início dos anos 80 e visitou Nilton Santos e Garrincha. ""Foi a melhor Suécia da história, mas o Brasil jogou um grande futebol. Garrincha jogou muito aquela Copa, mas acho o Pelé o maior de todos. O público sueco gostou do jogo, gostou do Brasil."»
Ele vem há 50 anos em evidência. Acho que nenhum de vocês era nascido quando ele parou de jogar a serio (a época do cosmos, não vale). E vocês ainda estão discutindo sobre ele.
Quem é o melhor? Independentemente do gosto de cada um, o melhor é aquele que ficar na memória coletiva da humanidade - na história.
Daqui há 50 anos, façam a pergunta aos netos de vocês, e vejam o que eles vão responder!
mandem um recado lá pro céu – eu vou estar tomando meu whisquinho e dizendo «eu sabía! Eu sabía!»
Hehehe!
Cheiro grande a todos, aninha
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Homenagem ao Prefeito João Paulo
Prefeito João Paulo versão South Park
Em 2004, viajei para a Europa em meados de Julho, onde passaria três meses. Iria perder, portanto, a eleição municipal daquele ano. Queria, no entanto, registrar o meu apoio à reeleição do prefeito João Paulo. Eu havia me envolvido intensamente na sua primeira eleição, quatro anos antes, e tinha muito orgulho disso, diante dos resultados obtidos por sua gestão. Escrevi um texto no qual expunha as razões pelas quais apoiava o prefeito-candidato. O texto, enviado apenas para os amigos e familiares da minha lista de contatos, aos poucos tomou proporções inesperadas. Transformou-se num fenômeno virtual, sendo passado e repassado para inúmeras pessoas. Eu não tinha noção disso, distante que estava no meu périplo europeu. Mas dois amigos me escreveram, àquela época, me contando o que estava ocorrendo.
Ao se concluir a vitoriosa gestão petista na cidade, relembro aqui aquele texto que virou uma corrente viral e que, em alguma medida, acredito ter contribuído para a reeleição tranqüila do prefeito João Paulo Lima e Silva.
Algumas coisas chamam a atenção no processo eleitoral desse ano, que talvez eu comente ao término da disputa. Um ponto é a forma como a internet ainda é subutilisada como meio de propaganda e transmissão de informação política. A TV ainda é o meio predominante e determinante. Outra coisa é como, de 2000 para 2008, as forças opositoras demonstram ter aprendido muito, muito pouco. Resta uma preocupação -- sobrará oposição de fato em Pernambuco, após 2008? Fico devendo essa análise.
Por agora, fica a homenagem aos oito anos do governo João Paulo. Parabéns, prefeito, pelo cumprimento dos compromissos assumidos em 2000.
***
Berna,
Incrível! Chego a conclusão que eu ainda não tinha noção do poder da internet. Tudo bem q eu considerava q era uma grande inovação mas, daí a modificar os rumos da eleição.... Cara, o comentário é que seu artigo está rodando o mundo! Só D. já recebeu 5X, recebi de H., M. entre outros. Todos comentam q foi um texto super bem escrito (parabéns!), que vai repassar, que realmente estava sentindo falta de argumentos etc!!! Em resumo, o seu objetivo foi alcançado e ainda mais: já pensou q vc pode ser o responsável pelo crescimento nas pesquisas?!?!? (Alto poder de convencimento!) Mas estou só mandando este e-mail p dizer q vc esta fazendo falta aqui na campanha! Domingo vai ter a primeira carreata e kd vc??? Estava até pensando em ir de bike como o seu pai... Mas eu nem tenho bike e a da minha mae é daquelas q tem cestinha, hehehehe.
Mande noticias viu????Beijos, E.C.
***
From: @gmail.com
Date: Fri, 3 Sep 2004 18:38:25 -0300
Subject: olá!
e ai, berna! lembrei de tu agora e resolvi mandar um email já que nunca mais nosconversamos, neh! lembrei pq teu texto tah rolando o recife de umaforma fudedora, tah ligado?! só pra dar um exemplo, meu pai e minhamãe já receberam, tiago (meu irmão) já recebeu e um amigo meu, fábio,tb recebeu. o que me dá a impressão de que nenhuma pessoa nessa cidadetenha deixou de recebê-lo. wohooooooo! o caba tá em lille e contribuindo com a campanha desse jeito! hahahahaha. n sei como tu tah informado sobre a campanha, mas tá meio ridículo.cadoca fazendo sua campanha totalmente voltada para a classe média eachando mesmo q tah botando pra fuder. hahahaha. ô mulé, dá uma pena!hehehehe. o massa é passar na rua e ver o limpadores de para-brisa, asbarraquinhas de caldo de cana, os ambulantes, cobradores, catadores delixo... todos exibindo com o maior orgulho um adesivo de joão paulo.fuderoso demais! parece q todo mundo tah fazendo questão de dizer'esse é o cara. a gente n quer trocar n, pq ele eh o cara!'. massademais!
(...)
mas o povo q eh povo tah com joão paulo, e periga de tu nem votar,do jeito que tá. 42% pra joão paulo, 30% pra cadoca e 12% prajoaquim... é, neh! hehehehe. vo nessa, berna. se cuida ai e continua na boa viagem. té mais, p.
***
Quando conceitos deixam de ser slogans eleitorais e se tornam diretrizes políticas de governo
Por: Bernardo Jurema
Na campanha de 2000, as grandes promessas do então candidato João Paulo Lima e Silva eram: a inversão de prioridades, a radicalização da democracia e a melhoria da qualidade de vida da maioria da população. As grandes ações da Prefeitura no decorrer desses últimos quatro anos foram inequivocamente voltadas para a periferia e setores historicamente marginalizados dos processos de desenvolvimento da nossa cidade.
Pela primeira vez, o grande beneficiário do poder público não foram as classes média e alta. As mortes por quedas de barreiras, drama que repetidamente assolava as periferias a cada inverno, foram praticamente extintas através do Programa Guarda-Chuva (http://www.recife.pe.gov.br/especiais/guardachuva/index.html), que institucionalizou a presença constante e sistemática do poder público nos morros durante todo o ano, e não apenas quando chove. A questão de moradia foi finalmente tratada de forma séria e humana, com a retirada da população de condições precárias, como as palafitas de Brasília Teimosa ou da beira do Capibaribe na Torre e na Madalena, assim como os moradores da Ponte do Limoeiro e os das barreiras dos morros. Essas pessoas receberam uma bolsa da PCR para alugar uma moradia provisória, aprenderam uma profissão, construíram a própria casa, recebendo um salário, e foram inclusos nos programas sociais dos governos municipal e federal. Os filhos passam a receber a Bolsa Escola, uma das maiores do Brasil graças ao complemento da administração local, além de receberem farda, sapatos, material escolar. Hoje, 500 mil famílias na cidade são atendidas pelo Programa Saúde da Família (em 2000 eram 93 mil pessoas apenas!). A merenda escolar passou a ser servida também nas férias. Isso se chama inclusão social.
Nunca esta cidade contou com tanta participação popular. Através do Orçamento Participativo (http://www.recife.pe.gov.br/op/), mais de R$ 55 milhões foram aplicados em obras que atendem a pleitos das comunidades, decididas e discutidas por elas mesmas. Esse mecanismo decisório fortalece a sociedade civil organizada, mune os oprimidos de mecanismos de influência na tomada de decisões do poder público, educa a população politicamente e acaba com o paternalismo.
Não significa que a cidade como um todo tenha deixado de ser beneficiada. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU atende com qualidade toda a população. Também existem agora as Academias da Cidade, que atendem milhares de cidadãos em vários bairros, valorizando o espaço público coletivo, e melhorando a saúde de todos com a orientação de profissionais de medicina, educação física e nutrição. A Praça de Boa Viagem foi revitalizada e organizada; a praça Euclydes da Cunha, projeto de Burle Marx, em frente ao Internacional, teve seu projeto original recuperado; a orla de Boa Viagem agora conta com banheiros públicos de qualidade; a Rua da Aurora vai ganhar uma área de lazer inédita no Centro.
Mas a grande marca dessa gestão é a coragem e a ousadia de se enfrentar interesses poderosos e bastantes arraigados no âmbito do poder público, acostumados a terem suas demandas atendidas. A retirada do Recifolia, acatando um anseio da população de Boa Viagem, apesar da forte pressão de setores da imprensa e do empresariado locais, é prova disso. O disciplinamento da construção civil dos bairros do Derby até Apipucos, impondo limites para conter a especulação imobiliária e o adensamento populacional e a conseqüente deterioração da qualidade de vida da população que vive nesses bairros, foi levado adiante apesar da pressão do setor imobiliário, que queria ver seus interesses privados prevalecerem sobre os interesses do bem-estar da coletividade. A regulamentação do transporte público – o transporte clandestino das kombis desrespeitava direitos elementares da população: idosos e deficientes não entravam gratuitamente, estudante não pagava meia, motoristas e cobradores não tinham direitos trabalhistas básicos, além de causarem transtornos e acidentes no trânsito e não pagarem impostos e multas. No entanto, era uma categoria mobilizada politicamente e nenhum administrador tinha tido a coragem de enfrentá-los. João Paulo teve, incorporando os ex-kombeiros ao transporte complementar, onde os direitos são respeitados e localidades que nunca antes tinham tido o transporte público agora passaram a ter, de forma organizada, planejada e respeitando os direitos dos trabalhadores e usuários do sistema. A inversão do trânsito de Boa Viagem foi uma solução simples, criativa e relativamente barata para o problema crônico e acumulado, e nunca antes enfrentado, dos engarrafamentos da Zona Sul. A administração enfrentou a pressão dos setores mais reacionários, negociou com representantes da sociedade civil, e levou adiante o projeto que hoje conta com amplo apoio, inclusive daqueles que se opuseram à idéia inicialmente.
Tudo isso nos mostra que inversão de prioridades, radicalização da democracia e melhoria da qualidade de vida da maioria da população não são, para essa gestão, meros slogans eleitorais; constituem a diretriz política da atuação dos nossos administradores. Reeleger o Prefeito João Paulo é imprescindível para que este trabalho sério, ousado e sem precedentes se consolide e gere mais frutos para toda a população da nossa cidade.
Por: Bernardo Jurema
Na campanha de 2000, as grandes promessas do então candidato João Paulo Lima e Silva eram: a inversão de prioridades, a radicalização da democracia e a melhoria da qualidade de vida da maioria da população. As grandes ações da Prefeitura no decorrer desses últimos quatro anos foram inequivocamente voltadas para a periferia e setores historicamente marginalizados dos processos de desenvolvimento da nossa cidade.
Pela primeira vez, o grande beneficiário do poder público não foram as classes média e alta. As mortes por quedas de barreiras, drama que repetidamente assolava as periferias a cada inverno, foram praticamente extintas através do Programa Guarda-Chuva (http://www.recife.pe.gov.br/especiais/guardachuva/index.html), que institucionalizou a presença constante e sistemática do poder público nos morros durante todo o ano, e não apenas quando chove. A questão de moradia foi finalmente tratada de forma séria e humana, com a retirada da população de condições precárias, como as palafitas de Brasília Teimosa ou da beira do Capibaribe na Torre e na Madalena, assim como os moradores da Ponte do Limoeiro e os das barreiras dos morros. Essas pessoas receberam uma bolsa da PCR para alugar uma moradia provisória, aprenderam uma profissão, construíram a própria casa, recebendo um salário, e foram inclusos nos programas sociais dos governos municipal e federal. Os filhos passam a receber a Bolsa Escola, uma das maiores do Brasil graças ao complemento da administração local, além de receberem farda, sapatos, material escolar. Hoje, 500 mil famílias na cidade são atendidas pelo Programa Saúde da Família (em 2000 eram 93 mil pessoas apenas!). A merenda escolar passou a ser servida também nas férias. Isso se chama inclusão social.
Nunca esta cidade contou com tanta participação popular. Através do Orçamento Participativo (http://www.recife.pe.gov.br/op/), mais de R$ 55 milhões foram aplicados em obras que atendem a pleitos das comunidades, decididas e discutidas por elas mesmas. Esse mecanismo decisório fortalece a sociedade civil organizada, mune os oprimidos de mecanismos de influência na tomada de decisões do poder público, educa a população politicamente e acaba com o paternalismo.
Não significa que a cidade como um todo tenha deixado de ser beneficiada. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU atende com qualidade toda a população. Também existem agora as Academias da Cidade, que atendem milhares de cidadãos em vários bairros, valorizando o espaço público coletivo, e melhorando a saúde de todos com a orientação de profissionais de medicina, educação física e nutrição. A Praça de Boa Viagem foi revitalizada e organizada; a praça Euclydes da Cunha, projeto de Burle Marx, em frente ao Internacional, teve seu projeto original recuperado; a orla de Boa Viagem agora conta com banheiros públicos de qualidade; a Rua da Aurora vai ganhar uma área de lazer inédita no Centro.
Mas a grande marca dessa gestão é a coragem e a ousadia de se enfrentar interesses poderosos e bastantes arraigados no âmbito do poder público, acostumados a terem suas demandas atendidas. A retirada do Recifolia, acatando um anseio da população de Boa Viagem, apesar da forte pressão de setores da imprensa e do empresariado locais, é prova disso. O disciplinamento da construção civil dos bairros do Derby até Apipucos, impondo limites para conter a especulação imobiliária e o adensamento populacional e a conseqüente deterioração da qualidade de vida da população que vive nesses bairros, foi levado adiante apesar da pressão do setor imobiliário, que queria ver seus interesses privados prevalecerem sobre os interesses do bem-estar da coletividade. A regulamentação do transporte público – o transporte clandestino das kombis desrespeitava direitos elementares da população: idosos e deficientes não entravam gratuitamente, estudante não pagava meia, motoristas e cobradores não tinham direitos trabalhistas básicos, além de causarem transtornos e acidentes no trânsito e não pagarem impostos e multas. No entanto, era uma categoria mobilizada politicamente e nenhum administrador tinha tido a coragem de enfrentá-los. João Paulo teve, incorporando os ex-kombeiros ao transporte complementar, onde os direitos são respeitados e localidades que nunca antes tinham tido o transporte público agora passaram a ter, de forma organizada, planejada e respeitando os direitos dos trabalhadores e usuários do sistema. A inversão do trânsito de Boa Viagem foi uma solução simples, criativa e relativamente barata para o problema crônico e acumulado, e nunca antes enfrentado, dos engarrafamentos da Zona Sul. A administração enfrentou a pressão dos setores mais reacionários, negociou com representantes da sociedade civil, e levou adiante o projeto que hoje conta com amplo apoio, inclusive daqueles que se opuseram à idéia inicialmente.
Tudo isso nos mostra que inversão de prioridades, radicalização da democracia e melhoria da qualidade de vida da maioria da população não são, para essa gestão, meros slogans eleitorais; constituem a diretriz política da atuação dos nossos administradores. Reeleger o Prefeito João Paulo é imprescindível para que este trabalho sério, ousado e sem precedentes se consolide e gere mais frutos para toda a população da nossa cidade.
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