Prefeito João Paulo versão South Park
Em 2004, viajei para a Europa em meados de Julho, onde passaria três meses. Iria perder, portanto, a eleição municipal daquele ano. Queria, no entanto, registrar o meu apoio à reeleição do prefeito João Paulo. Eu havia me envolvido intensamente na sua primeira eleição, quatro anos antes, e tinha muito orgulho disso, diante dos resultados obtidos por sua gestão. Escrevi um texto no qual expunha as razões pelas quais apoiava o prefeito-candidato. O texto, enviado apenas para os amigos e familiares da minha lista de contatos, aos poucos tomou proporções inesperadas. Transformou-se num fenômeno virtual, sendo passado e repassado para inúmeras pessoas. Eu não tinha noção disso, distante que estava no meu périplo europeu. Mas dois amigos me escreveram, àquela época, me contando o que estava ocorrendo.
Ao se concluir a vitoriosa gestão petista na cidade, relembro aqui aquele texto que virou uma corrente viral e que, em alguma medida, acredito ter contribuído para a reeleição tranqüila do prefeito João Paulo Lima e Silva.
Algumas coisas chamam a atenção no processo eleitoral desse ano, que talvez eu comente ao término da disputa. Um ponto é a forma como a internet ainda é subutilisada como meio de propaganda e transmissão de informação política. A TV ainda é o meio predominante e determinante. Outra coisa é como, de 2000 para 2008, as forças opositoras demonstram ter aprendido muito, muito pouco. Resta uma preocupação -- sobrará oposição de fato em Pernambuco, após 2008? Fico devendo essa análise.
Por agora, fica a homenagem aos oito anos do governo João Paulo. Parabéns, prefeito, pelo cumprimento dos compromissos assumidos em 2000.
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Berna,
Incrível! Chego a conclusão que eu ainda não tinha noção do poder da internet. Tudo bem q eu considerava q era uma grande inovação mas, daí a modificar os rumos da eleição.... Cara, o comentário é que seu artigo está rodando o mundo! Só D. já recebeu 5X, recebi de H., M. entre outros. Todos comentam q foi um texto super bem escrito (parabéns!), que vai repassar, que realmente estava sentindo falta de argumentos etc!!! Em resumo, o seu objetivo foi alcançado e ainda mais: já pensou q vc pode ser o responsável pelo crescimento nas pesquisas?!?!? (Alto poder de convencimento!) Mas estou só mandando este e-mail p dizer q vc esta fazendo falta aqui na campanha! Domingo vai ter a primeira carreata e kd vc??? Estava até pensando em ir de bike como o seu pai... Mas eu nem tenho bike e a da minha mae é daquelas q tem cestinha, hehehehe.
Mande noticias viu????Beijos, E.C.
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From: @gmail.com
Date: Fri, 3 Sep 2004 18:38:25 -0300
Subject: olá!
e ai, berna! lembrei de tu agora e resolvi mandar um email já que nunca mais nosconversamos, neh! lembrei pq teu texto tah rolando o recife de umaforma fudedora, tah ligado?! só pra dar um exemplo, meu pai e minhamãe já receberam, tiago (meu irmão) já recebeu e um amigo meu, fábio,tb recebeu. o que me dá a impressão de que nenhuma pessoa nessa cidadetenha deixou de recebê-lo. wohooooooo! o caba tá em lille e contribuindo com a campanha desse jeito! hahahahaha. n sei como tu tah informado sobre a campanha, mas tá meio ridículo.cadoca fazendo sua campanha totalmente voltada para a classe média eachando mesmo q tah botando pra fuder. hahahaha. ô mulé, dá uma pena!hehehehe. o massa é passar na rua e ver o limpadores de para-brisa, asbarraquinhas de caldo de cana, os ambulantes, cobradores, catadores delixo... todos exibindo com o maior orgulho um adesivo de joão paulo.fuderoso demais! parece q todo mundo tah fazendo questão de dizer'esse é o cara. a gente n quer trocar n, pq ele eh o cara!'. massademais!
(...)
mas o povo q eh povo tah com joão paulo, e periga de tu nem votar,do jeito que tá. 42% pra joão paulo, 30% pra cadoca e 12% prajoaquim... é, neh! hehehehe. vo nessa, berna. se cuida ai e continua na boa viagem. té mais, p.
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Quando conceitos deixam de ser slogans eleitorais e se tornam diretrizes políticas de governo
Por: Bernardo Jurema
Na campanha de 2000, as grandes promessas do então candidato João Paulo Lima e Silva eram: a inversão de prioridades, a radicalização da democracia e a melhoria da qualidade de vida da maioria da população. As grandes ações da Prefeitura no decorrer desses últimos quatro anos foram inequivocamente voltadas para a periferia e setores historicamente marginalizados dos processos de desenvolvimento da nossa cidade.
Pela primeira vez, o grande beneficiário do poder público não foram as classes média e alta. As mortes por quedas de barreiras, drama que repetidamente assolava as periferias a cada inverno, foram praticamente extintas através do Programa Guarda-Chuva (http://www.recife.pe.gov.br/especiais/guardachuva/index.html), que institucionalizou a presença constante e sistemática do poder público nos morros durante todo o ano, e não apenas quando chove. A questão de moradia foi finalmente tratada de forma séria e humana, com a retirada da população de condições precárias, como as palafitas de Brasília Teimosa ou da beira do Capibaribe na Torre e na Madalena, assim como os moradores da Ponte do Limoeiro e os das barreiras dos morros. Essas pessoas receberam uma bolsa da PCR para alugar uma moradia provisória, aprenderam uma profissão, construíram a própria casa, recebendo um salário, e foram inclusos nos programas sociais dos governos municipal e federal. Os filhos passam a receber a Bolsa Escola, uma das maiores do Brasil graças ao complemento da administração local, além de receberem farda, sapatos, material escolar. Hoje, 500 mil famílias na cidade são atendidas pelo Programa Saúde da Família (em 2000 eram 93 mil pessoas apenas!). A merenda escolar passou a ser servida também nas férias. Isso se chama inclusão social.
Nunca esta cidade contou com tanta participação popular. Através do Orçamento Participativo (http://www.recife.pe.gov.br/op/), mais de R$ 55 milhões foram aplicados em obras que atendem a pleitos das comunidades, decididas e discutidas por elas mesmas. Esse mecanismo decisório fortalece a sociedade civil organizada, mune os oprimidos de mecanismos de influência na tomada de decisões do poder público, educa a população politicamente e acaba com o paternalismo.
Não significa que a cidade como um todo tenha deixado de ser beneficiada. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU atende com qualidade toda a população. Também existem agora as Academias da Cidade, que atendem milhares de cidadãos em vários bairros, valorizando o espaço público coletivo, e melhorando a saúde de todos com a orientação de profissionais de medicina, educação física e nutrição. A Praça de Boa Viagem foi revitalizada e organizada; a praça Euclydes da Cunha, projeto de Burle Marx, em frente ao Internacional, teve seu projeto original recuperado; a orla de Boa Viagem agora conta com banheiros públicos de qualidade; a Rua da Aurora vai ganhar uma área de lazer inédita no Centro.
Mas a grande marca dessa gestão é a coragem e a ousadia de se enfrentar interesses poderosos e bastantes arraigados no âmbito do poder público, acostumados a terem suas demandas atendidas. A retirada do Recifolia, acatando um anseio da população de Boa Viagem, apesar da forte pressão de setores da imprensa e do empresariado locais, é prova disso. O disciplinamento da construção civil dos bairros do Derby até Apipucos, impondo limites para conter a especulação imobiliária e o adensamento populacional e a conseqüente deterioração da qualidade de vida da população que vive nesses bairros, foi levado adiante apesar da pressão do setor imobiliário, que queria ver seus interesses privados prevalecerem sobre os interesses do bem-estar da coletividade. A regulamentação do transporte público – o transporte clandestino das kombis desrespeitava direitos elementares da população: idosos e deficientes não entravam gratuitamente, estudante não pagava meia, motoristas e cobradores não tinham direitos trabalhistas básicos, além de causarem transtornos e acidentes no trânsito e não pagarem impostos e multas. No entanto, era uma categoria mobilizada politicamente e nenhum administrador tinha tido a coragem de enfrentá-los. João Paulo teve, incorporando os ex-kombeiros ao transporte complementar, onde os direitos são respeitados e localidades que nunca antes tinham tido o transporte público agora passaram a ter, de forma organizada, planejada e respeitando os direitos dos trabalhadores e usuários do sistema. A inversão do trânsito de Boa Viagem foi uma solução simples, criativa e relativamente barata para o problema crônico e acumulado, e nunca antes enfrentado, dos engarrafamentos da Zona Sul. A administração enfrentou a pressão dos setores mais reacionários, negociou com representantes da sociedade civil, e levou adiante o projeto que hoje conta com amplo apoio, inclusive daqueles que se opuseram à idéia inicialmente.
Tudo isso nos mostra que inversão de prioridades, radicalização da democracia e melhoria da qualidade de vida da maioria da população não são, para essa gestão, meros slogans eleitorais; constituem a diretriz política da atuação dos nossos administradores. Reeleger o Prefeito João Paulo é imprescindível para que este trabalho sério, ousado e sem precedentes se consolide e gere mais frutos para toda a população da nossa cidade.
Por: Bernardo Jurema
Na campanha de 2000, as grandes promessas do então candidato João Paulo Lima e Silva eram: a inversão de prioridades, a radicalização da democracia e a melhoria da qualidade de vida da maioria da população. As grandes ações da Prefeitura no decorrer desses últimos quatro anos foram inequivocamente voltadas para a periferia e setores historicamente marginalizados dos processos de desenvolvimento da nossa cidade.
Pela primeira vez, o grande beneficiário do poder público não foram as classes média e alta. As mortes por quedas de barreiras, drama que repetidamente assolava as periferias a cada inverno, foram praticamente extintas através do Programa Guarda-Chuva (http://www.recife.pe.gov.br/especiais/guardachuva/index.html), que institucionalizou a presença constante e sistemática do poder público nos morros durante todo o ano, e não apenas quando chove. A questão de moradia foi finalmente tratada de forma séria e humana, com a retirada da população de condições precárias, como as palafitas de Brasília Teimosa ou da beira do Capibaribe na Torre e na Madalena, assim como os moradores da Ponte do Limoeiro e os das barreiras dos morros. Essas pessoas receberam uma bolsa da PCR para alugar uma moradia provisória, aprenderam uma profissão, construíram a própria casa, recebendo um salário, e foram inclusos nos programas sociais dos governos municipal e federal. Os filhos passam a receber a Bolsa Escola, uma das maiores do Brasil graças ao complemento da administração local, além de receberem farda, sapatos, material escolar. Hoje, 500 mil famílias na cidade são atendidas pelo Programa Saúde da Família (em 2000 eram 93 mil pessoas apenas!). A merenda escolar passou a ser servida também nas férias. Isso se chama inclusão social.
Nunca esta cidade contou com tanta participação popular. Através do Orçamento Participativo (http://www.recife.pe.gov.br/op/), mais de R$ 55 milhões foram aplicados em obras que atendem a pleitos das comunidades, decididas e discutidas por elas mesmas. Esse mecanismo decisório fortalece a sociedade civil organizada, mune os oprimidos de mecanismos de influência na tomada de decisões do poder público, educa a população politicamente e acaba com o paternalismo.
Não significa que a cidade como um todo tenha deixado de ser beneficiada. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU atende com qualidade toda a população. Também existem agora as Academias da Cidade, que atendem milhares de cidadãos em vários bairros, valorizando o espaço público coletivo, e melhorando a saúde de todos com a orientação de profissionais de medicina, educação física e nutrição. A Praça de Boa Viagem foi revitalizada e organizada; a praça Euclydes da Cunha, projeto de Burle Marx, em frente ao Internacional, teve seu projeto original recuperado; a orla de Boa Viagem agora conta com banheiros públicos de qualidade; a Rua da Aurora vai ganhar uma área de lazer inédita no Centro.
Mas a grande marca dessa gestão é a coragem e a ousadia de se enfrentar interesses poderosos e bastantes arraigados no âmbito do poder público, acostumados a terem suas demandas atendidas. A retirada do Recifolia, acatando um anseio da população de Boa Viagem, apesar da forte pressão de setores da imprensa e do empresariado locais, é prova disso. O disciplinamento da construção civil dos bairros do Derby até Apipucos, impondo limites para conter a especulação imobiliária e o adensamento populacional e a conseqüente deterioração da qualidade de vida da população que vive nesses bairros, foi levado adiante apesar da pressão do setor imobiliário, que queria ver seus interesses privados prevalecerem sobre os interesses do bem-estar da coletividade. A regulamentação do transporte público – o transporte clandestino das kombis desrespeitava direitos elementares da população: idosos e deficientes não entravam gratuitamente, estudante não pagava meia, motoristas e cobradores não tinham direitos trabalhistas básicos, além de causarem transtornos e acidentes no trânsito e não pagarem impostos e multas. No entanto, era uma categoria mobilizada politicamente e nenhum administrador tinha tido a coragem de enfrentá-los. João Paulo teve, incorporando os ex-kombeiros ao transporte complementar, onde os direitos são respeitados e localidades que nunca antes tinham tido o transporte público agora passaram a ter, de forma organizada, planejada e respeitando os direitos dos trabalhadores e usuários do sistema. A inversão do trânsito de Boa Viagem foi uma solução simples, criativa e relativamente barata para o problema crônico e acumulado, e nunca antes enfrentado, dos engarrafamentos da Zona Sul. A administração enfrentou a pressão dos setores mais reacionários, negociou com representantes da sociedade civil, e levou adiante o projeto que hoje conta com amplo apoio, inclusive daqueles que se opuseram à idéia inicialmente.
Tudo isso nos mostra que inversão de prioridades, radicalização da democracia e melhoria da qualidade de vida da maioria da população não são, para essa gestão, meros slogans eleitorais; constituem a diretriz política da atuação dos nossos administradores. Reeleger o Prefeito João Paulo é imprescindível para que este trabalho sério, ousado e sem precedentes se consolide e gere mais frutos para toda a população da nossa cidade.
Um comentário:
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