Chega de Parreira!Fiquei chateado com a desclassificação da Argentina. Time raçudo, que marca, corre, avança... mas com o Brasil de Parreira eu tive minha cota de irritação na segunda partida da primeira fase, contra a Austrália. Vi ali que estávamos sem liderança dentro e fora das quatro linhas. Parreira, líder de fora, mostrou-se um tremendo covarde; Cafu, líder no campo, mostrou que sua liderança não foi construída e, sim, imposta, pois ele é nulo dentro de campo e não energiza ninguém... mas isso não é culpa de Cafu. A culpa é de quem o nomeia.
Sim, Parreira é o maior culpado pela campanha desta equipe. Zagallo, coitado, empalhado no banco de reservas, foi assistir essa copa num assento privilegiado: à beira do campo. Para a Copa de 1994, quando o único talento era Romário, Parreira talvez fosse o técnico mais indicado. Ele e seu futebol de resultado onde show é ganhar. Mas nesta Copa, com a quantidade de talentos que tínhamos à disposição, o técnico da seleção foi muito incompetente: conseguiu tornar medíocre um grupo cheio de talentos excepcionais. Tem que ser muito ruim para conseguir isso!
Parreira conseguiu essa façanha por alguns motivos, dentre eles:
Parreira não soube renovar a seleção.
Ele deu cadeira cativa a atletas que não mais eram os melhores em suas posições (Cafu, Roberto Carlos, Emerson);
ele usou atletas fora de suas posições de origem, queimando esses jogadores (Ronaldinho Gaúcho);
ele adota discursos conservadores ao invés de, com coragem, deixar seu time à vontade para jogar bola;
ele não sabe mudar a equipe na hora certa, promovendo mudanças tardias e incapazes de surtir efeitos;
O jogo contra a França foi bonito. Pela segunda vez na Copa, a França jogou com raça e sob a regência de Zidane, que chamou para si a responsabilidade e, friamente, fez o que esperávamos de Ronaldinho Gaúcho: deu show de solidariedade, de dribles e precisão. Foi bonito ver Parreira preocupado, olhando o relógio e vendo naufragar sua máxima de Show é Ganhar. Show, Zidane mostrou a ele o que é que é.
Ver a consagração do estilo Parreira de futebol, para mim, que gosto de ver futebol, seria uma tristeza... significaria, talvez, mais quatro anos de Parreira no comando da seleção. Parreira começou o jogo com uma escalação que muitos desejavam: aproveitando Juninho no meio e adiantando Ronaldinho. Mas nunca sob seu comando, aquela equipe jogou junta... acho normal que ficassem meio perdidos. Deveriam ter jogado assim desde o início da Copa! Se Parreira só se deu conta que aquela formação era ideal no jogo contra a França, então ele é um jumento que não conhece seus jogadores. Como não é jumento, é, apenas, um covarde e decidiu colocar em campo uma formação que ele sequer acreditava, mas que estava na boca de todos. É um frouxo!
Aos 20 minutos do 2º tempo ele fez algo realmente inédito: tirou Cafu e colocou Cicinho. Por que ele só fez isso neste jogo e aos 20 do 2º? Porque é um covarde, e tinha que entrar com Cicinho desde o início da Copa... como não o tinha feito, entrou para na última hora para tentar salvar a merda que sua covardia havia provocado.
Faltando 10 minutos para o fim, precisando de vida ofensiva, ele coloca Robinho. Ele só percebeu que o ataque estava mal faltando 10 minutos para o fim? Nem chutamos a gol e ele achava que estava tranquilo? Por que esperou tanto? Porque é medroso e hesitante, e achava que do jeito que estava podia ser que acontecesse algo.
Tomamos um gol por culpa direta de Roberto Carlos que já não estava bem na partida (e que não esteve bem em nenhuma das partidas anteriores!). Por que ele não substituiu o jogador? Porque é um covarde medroso e não mexeria em um de seus cativos na lateral esquerda.
Foi bom termos perdido para França. Primeiro porque fomos infinitamente pior do que a França. Mas também porque o Brasil, pela qualidade de seus atletas, não mereceria legitimar o estilo de jogo e de liderança de Parreira. Foi bom porque, assim, o povo se une a favor de uma mudança de comando. Foi bom, também, porque é importante, para o bem do futebol, que haja uma alternância de poder, afinal de contas, desde 1994 que o Brasil está nas finais de Copas do Mundo.
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As bandeirinhas começam a desaparecer... temos que pensar numa forma de redirecionar o orgulho geral que sentimos do Brasil por meio do futebol para outros canais. Política é um deles. É preciso ter tesão para refundar a cultura ideológica no Brasil. Para isso, eu, você, todos, temos que acreditar num futuro, conhecer nossos candidatos e votar para mudar. Mudar o Congresso, mudar nossa cultura do jeitinho, do tudo pode ser.
Enfim, nosso patriotismo, nosso orgulho de ser brasileiro com muito amor, deve começar por nossa própria conscientização do que fazer para iniciar um processo de refundação de nosso patriotismo. Vamos valorizar a política, porque por meio dela conhecemos e avalliamos aqueles que nos representam; vamos dar valor ao que é nosso... ruas, praias, praças, ônibus... e manter tudo isso de forma impecável de modo que tenhamos orgulho e, sobretudo, vontade de usar o transporte público. Vamos agir de forma solidária com os demais, sendo diferenciados no tratamento de co-cidadãos! E que futebol e Seleção Brasileira sejam parte de uma indústria de entretenimento forte, junto ao cinema nacional, à música, ao teatro.
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Cantar a Marseillaise antes do jogo deve ser uma grande motivação! Não sei decorado, mas quando ouço, sinto uma energia pesada. Acho que o francês sai em vantagem depois de ouvir seu hino pela instigação que ele provoca.
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Embora não tenha feito um bom jogo, foi emocionante ver Juninho chorando durante o hino nacional brasileiro. Pena que não foi seu dia. Mas deu para sentir o orgulho dele de estar naquele grupo...
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No meu bolão, coloquei a Itália em primeiro e Portugal em terceiro... Ainda estou no jogo!
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Cafu está triste porque não conseguiu bater recorde nenhum ou porque foi desclassificado? Ronaldo, pelo menos, conseguiu fazer seus gols antes da desclassificação... Seria bom se daqui para o final da Copa, Klose, da Alemanha, fizesse uns seis gols e quebrasse o recorde de Ronaldo. Nem título, nem recorde para ninguém no Brasil!