sábado, 1 de dezembro de 2007

Se eu fosse um juiz em Brasília...



É permitido proibir, se você for um juiz em Brasília! Mas, e mijar, pode?!


E se cada cidadão pudesse afixar placas proibitivas em locais públicos, a seu bel-prazer, a fim de inibir atitudes ou comportamentos tidos como indesejáveis?


Se fôssemos todos um juiz de Brasília, assim seria a realidade. Placas por todos os cantos, contra tudo. Num shopping da cidade (o Pier 21), num pátio externo, o corajoso juiz insurgiu-se contra um fumante, que estaria baforando em sua cara. O estimado juiz obrigou o shopping em questão a instalar placas – ostensivamente espalhadas – na área ao ar livre. São placas hostis, agigantadas, com ilustrações enormes e letras garrafais. Mesmo em horário de pouco movimento e, portanto, amplos espaços vazios, acender um cigarrinho ali é, certamente, um constrangimento.


Voltando ao início dessas linhas... e se cada um de nós pudesse sair por aí, a torto e a direito, ditanto o que os outros podem ou – sobretudo! – não podem fazer! Meu palpite é que não iria sobrar comportamento algum aceito. Além de tornar o ambiente público visualmente poluído (chamem o Kassab!). Eu mesmo teria uma lista de coisas que me incomodam! Ah, se eu fosse um juiz de Brasília...


Pensando bem, se eu fosse um juiz de Brasília, iria mandar pôr apenas uma placa – uma só e bastaria: “proibido babacas”. Pronto. De uma só tacada, resolvia tudo. Nem o babaca do fumante desrespeitoso que ignora o bem-estar coletivo e o direito alheio a não inalar fumaça, nem o babaca do juiz que encarna o que há de mais atrasado da tradição patriarcal brasielira, achando que o espaço público é extensão do seu tribunal. Que se vayan todos los babacas!

3 comentários:

Camilla Guedes disse...

plaquinhas...
ai q legal!!!!

slavo disse...

Bernardo, seu humor está fino, ta virando um craque,kkkk

Anônimo disse...

que irônico, é a ditadura da justiça.