Oposição golpista
A oposição conservadora tucano-pefelê ao Governo Lula tem maioria no Senado e de minoria grande na Câmara, de modo que tem condições de influir decididamente nas votações. Representando interesses econômicos estabelecidos, estes parlamentares expressam setores da sociedade que já dispôem de meios para influir tanto na divulgação de suas idéias, quanto na adoção destas no processo político-decisório. Ademais, contam com amplo espaço na grande imprensa escrita e televisada.
Não obstante essas vantagens de toda ordem, o objetivo tacanho de desmoralização do maior partido de esquerda do Brasil e a tentativa inescrupulosa, porém pífia, de desestabilização do Governo Lula os levaram à adoção de postura populista e que vai de encontro aos interesses do país. Exemplos abundam: a aprovação, no ano passado, pelo PFL, de salário-mínimo que quebraria muitas administrações municipais de pequeno porte; a protelação da votação do Orçamento Geral da União de 2006, que pode comprometer verbas para as políticas públicas; a eleição do Deputado Severino Cavalcanti à presidência da Câmara, há um ano; a onda denuncista anticonstitucional, que visa desestabilizar os bons índices econômicos.
Encampando discurso moralista que, hipocritamente responsabilizando o PT por males sistêmicos congênitos, não muda a situação legal; ou seja, ao substituir, maniqueisticamente, o embate político pelo moral, mantém-se tudo como está, exceto que sem o PT. Muito conveniente. Visa-se a destruição de tudo o que seja ligado à história do Presidente Lula ou à do PT, mesmo que para tanto se despreze o devido processo legal - acusa-se sem evidências, baseando-se em ilações, e cabe ao acusado o dever de provar sua inocência (os dólares cubanos, a conexão-Angola, os dólares do Ministro Thomaz Bastos etc., etc., etc.). Tudo isto, claro, com a conivência, quando não com a participação direta, de grandes empresas de comunicação.
O caso, agora, do Ministro Antônio Palocci é emblemático do padrão de conduta irresponsável e sem escrúpulos da oposição direitista tucano-pefelê. As denúncias contra a gestão municipal do Ministro são requentadas de um inquérito do Ministério Público de São Paulo de há mais de dois anos, que envolve outras cinco gestões, todas do PSDB - mas você nunca saberá disso, a menos que tenha lido a Caros Amigos. No ano passado, os senadores puderam questionar Palocci, com todas as informações disponíveis acerca do que talvez seja a gestão pública mais minuciosamente investigada na história do país, e, mesmo assim, NADA conseguiram provar. O melhor que conseguiram foi, agora, um caseiro - cujo patrão é filiado, de carteirinha (coisa rara!), ao PSDB e cujos advogados são financiados por sabe-se-lá-quem.
A única razão por que a oposição golpista irresponsável da dobradinha PSDB-PFL não derrubaram nem Palocci nem Lula é a popularidade de que goza o Governo, decorrente da percepção popular do sério e consistente trabalho da administração mais progressista e democrática que o Brasil já teve. O povo não engoliu o discurso à la oposição venezuelana.
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