Meu eu lírico, vomitando
ridículo cotidiano
ridículo cotidiano,
composto de ridículas
partículas.
cachorro de sapato
casa de gato
aquário.
o mundo pode ser tão feio
pombos são ratos com asas
e reviram o lixo, como vira-latas.
o mundo pode ser tão belo
olha aquela menina
andando na areia da praia, de chinelo.
Nem nada
E eu que pensava que aquele teu sorriso era o princípio.
Não era nada, nada
nem sinal, nem indício.
Era apenas eu, cavando meu buraco,
avançando para a beira do meu precipício.
perda
Não há perda que não doa,
que não faça arder o coração,
que não derrame lágrima.
Se há perda que não dói,
que não arde o coração,
que não derrame lágrima...
Isso não é perda, não é nada.
Foi apenas ilusão.
Um comentário:
Os dois primeiros poemas tão muito bons. O terceiro tá mais sentimental. Mas gostei bastante deles.
Os pombos são ratos com asas.
Isso é uma bela verdade...;o)
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