quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Meu eu lírico, vomitando


ridículo cotidiano

ridículo cotidiano,
composto de ridículas
partículas.

cachorro de sapato
casa de gato
aquário.

o mundo pode ser tão feio
pombos são ratos com asas
e reviram o lixo, como vira-latas.

o mundo pode ser tão belo
olha aquela menina
andando na areia da praia, de chinelo.


Nem nada

E eu que pensava que aquele teu sorriso era o princípio.

Não era nada, nada
nem sinal, nem indício.

Era apenas eu, cavando meu buraco,
avançando para a beira do meu precipício.


perda

Não há perda que não doa,
que não faça arder o coração,
que não derrame lágrima.

Se há perda que não dói,
que não arde o coração,
que não derrame lágrima...

Isso não é perda, não é nada.
Foi apenas ilusão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os dois primeiros poemas tão muito bons. O terceiro tá mais sentimental. Mas gostei bastante deles.

Os pombos são ratos com asas.

Isso é uma bela verdade...;o)