Burocracias
Durante os últimos 15 dias estive em processo de mudança do meu antigo apartamento, na Gávea, para o meu atual, no Catete. O processo terminou esse domingo. Poderia ter terminado antes, não fosse pelo excesso de burocracia exigido pela administradora do imóvel. É impressionante!
Primeiro, eu não podia ser o locatário oficial por falta de contra-cheques. O fiador, por outro lado, tinha que residir na cidade e, mais, ter um imóvel no Rio de Janeiro. Beleza; consegui um primo para ser o locador, e uma “tia” para fiadora.
Agora vem a parte animada... Documentos necessários para ambos, locatário e fiadora: carteira profissional (xérox das primeiras duas páginas e da última), contra-cheque (dos últimos três meses), comprovante de residência (xérox), identidade (xérox), CPF (xérox). Para o fiador pede-se mais os documentos de propriedade de um imóvel (xérox), IPTU’s pagos dos últimos três meses (xérox) e pagamento de condomínio dos últimos três meses (xérox). Cada cópia, R$0,20, em média. Com a exceção dos comprovantes de residência, todos os demais documentos tinham que ser autenticados (R$3,78, cada autenticação). Só isso? Não. Tivemos que tirar um GRI (não sei o que é... mas tem a ver com um documento do imóvel. Eu já estava tão puto com essa gastança que não quis saber o que era isso!) que custou a bagatela de R$30,00.
Depois de reunir toda essa documentação, paga-se uma taxa de 70 reais para a administradora levantar a ficha das pessoas para saber se são idôneas. Logo, imprime-se o contrato. Então, tive que levar uma cópia para meu primo assinar e, depois, correr para que a fiadora assinasse o contrato. Em seguida, vou a um cartório para reconhecer firma de um; e sigo para outro para reconhecer firma do outro (R$3,60 cada reconhecimento).
Isso sem carro; pegando ônibus (R$1,80) e metrô (R$2,25) para cima e para baixo.
Enfim, cada coisa num lado da cidade. Percorri o Rio atrás de documentos (Centro, Botafogo, Copacabana, Catete), cartórios (na Nilo Peçanha, na Rua do Acre, outro perto do BNDES), administradora do imóvel da fiadora (Copacabana), administradora do meu novo apartamento (Cinelândia).
Resultado: aluguei o apê, mas tô liso.Isso tem que mudar. Para abrir uma empresa levam-se meses. Para registrar uma patente levam-se anos. E para alugar um apartamentozinho leva quase um mês e gasta-se muito! Por isso há tanta informalidade no país...
Primeiro, eu não podia ser o locatário oficial por falta de contra-cheques. O fiador, por outro lado, tinha que residir na cidade e, mais, ter um imóvel no Rio de Janeiro. Beleza; consegui um primo para ser o locador, e uma “tia” para fiadora.
Agora vem a parte animada... Documentos necessários para ambos, locatário e fiadora: carteira profissional (xérox das primeiras duas páginas e da última), contra-cheque (dos últimos três meses), comprovante de residência (xérox), identidade (xérox), CPF (xérox). Para o fiador pede-se mais os documentos de propriedade de um imóvel (xérox), IPTU’s pagos dos últimos três meses (xérox) e pagamento de condomínio dos últimos três meses (xérox). Cada cópia, R$0,20, em média. Com a exceção dos comprovantes de residência, todos os demais documentos tinham que ser autenticados (R$3,78, cada autenticação). Só isso? Não. Tivemos que tirar um GRI (não sei o que é... mas tem a ver com um documento do imóvel. Eu já estava tão puto com essa gastança que não quis saber o que era isso!) que custou a bagatela de R$30,00.
Depois de reunir toda essa documentação, paga-se uma taxa de 70 reais para a administradora levantar a ficha das pessoas para saber se são idôneas. Logo, imprime-se o contrato. Então, tive que levar uma cópia para meu primo assinar e, depois, correr para que a fiadora assinasse o contrato. Em seguida, vou a um cartório para reconhecer firma de um; e sigo para outro para reconhecer firma do outro (R$3,60 cada reconhecimento).
Isso sem carro; pegando ônibus (R$1,80) e metrô (R$2,25) para cima e para baixo.
Enfim, cada coisa num lado da cidade. Percorri o Rio atrás de documentos (Centro, Botafogo, Copacabana, Catete), cartórios (na Nilo Peçanha, na Rua do Acre, outro perto do BNDES), administradora do imóvel da fiadora (Copacabana), administradora do meu novo apartamento (Cinelândia).
Resultado: aluguei o apê, mas tô liso.Isso tem que mudar. Para abrir uma empresa levam-se meses. Para registrar uma patente levam-se anos. E para alugar um apartamentozinho leva quase um mês e gasta-se muito! Por isso há tanta informalidade no país...
Um comentário:
Cara, eu sei o que é isso, comigo ainda foi pior porque não tinha um fiador, então teve que ser via seguradora. Minha mãe veio ao Rio antes de mim, e foi mais investigada que o Marcos Valério, eu fiquei em Recife (na época) me preparando pro meu recital de formatura no Conservatório e de sobre aviso para enviar qualquer documento que faltasse. Foi uma novela muito extressante.
Diogo, mande um e-mail pra mim, agora estamos morando próximos
slavenko@globo.com
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