quinta-feira, 29 de junho de 2006
Parabéns pra você
De um momento de ócio criativo de Diogo, há um ano atrás surgia esse blogue! Eu só viria a fazer parte desse espaço alguns meses depois. Interessante rever alguns desses textos mais "antigos"... Por exemplo, amanhã, dia 30, fará um ano que Diogo escreveu sobre a vitória do Brasil sobre a Argentina por 4 a 1. E como permanece atual o que ele diz lá! Esse registro que o blogue permite é uma das coisas legais desse troço. Nos dá perspectiva.
Diogo, parabéns pela iniciativa de ter criado isso aqui! Feliz aniversário, bocejo! E muitos anos de vida! Espero que alguém curta isso aqui - eu sei que Diogo e eu curtimos pra caramba!
quarta-feira, 28 de junho de 2006
Patriotismo de bosta... quer dizer, de Copa
Há uns brasileiros que têm uma relação de amor e ódio com os Estados Unidos. Adoram odiá-los e, sobretudo, imitá-los. Criticam vários dos comportamentos de seus cidadãos, mas não hesitam em mimetizá-los.
É comum, por exemplo, ouvir de um desses brasileiros o quão ridículo é o fato de que alguns americanos têm por hábito hastear a bandeira nacional em seu quintal da frente. Mas são esses mesmos brasileiros os primeiros a perfilar bandeiras, bandeirolas e bandeirinhas verde-amarelas na varanda e janelas dos apartamentos, carros e o que mais fôr possível; que passam o dia inteiro de jogo buzinando aquele som intolerável; que se fantasiam de torcedores brasileiros a cada dia de jogo; que chora e se emociona com o 1/4 do Hino que toca antes da partida; que grita, torce e se entusiasma por mais chato, ruim ou entediante que o jogo possa ser. E, sobretudo, que bebe - porque aqui tudo é festa, tudo é carnaval, tudo é a espontaneidade criativa do povo pobre que no futebol acha refúgio para suas mazelas e que se une aos ricos, etc., etc.
Prefiro um patriotismo em torno de valores e ideais, perene no decorrer do tempo, do que esse nosso patriotismo superficial, histérico e demagogo - em uma palavra: babaca - que só acontece a cada quatro e anos.
Há uns brasileiros que têm uma relação de amor e ódio com os Estados Unidos. Adoram odiá-los e, sobretudo, imitá-los. Criticam vários dos comportamentos de seus cidadãos, mas não hesitam em mimetizá-los.
É comum, por exemplo, ouvir de um desses brasileiros o quão ridículo é o fato de que alguns americanos têm por hábito hastear a bandeira nacional em seu quintal da frente. Mas são esses mesmos brasileiros os primeiros a perfilar bandeiras, bandeirolas e bandeirinhas verde-amarelas na varanda e janelas dos apartamentos, carros e o que mais fôr possível; que passam o dia inteiro de jogo buzinando aquele som intolerável; que se fantasiam de torcedores brasileiros a cada dia de jogo; que chora e se emociona com o 1/4 do Hino que toca antes da partida; que grita, torce e se entusiasma por mais chato, ruim ou entediante que o jogo possa ser. E, sobretudo, que bebe - porque aqui tudo é festa, tudo é carnaval, tudo é a espontaneidade criativa do povo pobre que no futebol acha refúgio para suas mazelas e que se une aos ricos, etc., etc.
Prefiro um patriotismo em torno de valores e ideais, perene no decorrer do tempo, do que esse nosso patriotismo superficial, histérico e demagogo - em uma palavra: babaca - que só acontece a cada quatro e anos.
Não nos iludamos
O discurso da pseudo-eficiência pragmática de Parreira é falacioso. Não nos iludamos. Até agora a seleção brasileira tem ganhado não por seus méritos (talvez com a exceção relativa do jogo contra o Japão), mas em decorrência da incopetência de seus adversários.
Hoje foi um bom exemplo. Novamente, Parreira montou um time ruim composto de ótimos jogadores - que no final é que fazem a diferença. Mas Gana jogou melhor a partida inteira, dominou o jogo, armou jogadas... mas não sabia finalizar! Nesse sentido, não mereceu ganhar - afinal, marcar gol é a essência do futebol.
Muita gente engole o discurso fácil do "importante é ganhar". Isso é óbvio. A questão real não é essa; é o caso de questionarmos se iremos ganhar a Copa assim! Até agora enfrentamos equipes fracas ou medíocres, sem tradição no futebol, cuja principal conquista era estar participando da competição.
Neste sábado, enfrentaremos a França, uma equipe tradicional, experiente, bem organizada e tecnicamente eficiente, apesar da alta média etária... Mas nada que distoe dos velhacos cansados e ineficientes brasileiros (Cafú, Roberto Carlos, Emerson...). Se Parreira insistir nessa estupidez incompreensível, o jogo será, na melhor das hipóteses, técnica e emocionalmente sofrível. Na pior das hipóteses, será um "revival" de 1998. Quando até Babão Bueno reclama da armação da equipe e comenta que a vitória "poderia ter sido mais tranqüila", fica claro que algo realmente vai muito errado.
Por outro lado, não seria tão trágico o Brasil cair fora, para que o discurso da mediocridade seja derrotado e para que Portugal tenha uma chance de, merecidamente, ingressar na elite do futebol mundial.
O discurso da pseudo-eficiência pragmática de Parreira é falacioso. Não nos iludamos. Até agora a seleção brasileira tem ganhado não por seus méritos (talvez com a exceção relativa do jogo contra o Japão), mas em decorrência da incopetência de seus adversários.
Hoje foi um bom exemplo. Novamente, Parreira montou um time ruim composto de ótimos jogadores - que no final é que fazem a diferença. Mas Gana jogou melhor a partida inteira, dominou o jogo, armou jogadas... mas não sabia finalizar! Nesse sentido, não mereceu ganhar - afinal, marcar gol é a essência do futebol.
Muita gente engole o discurso fácil do "importante é ganhar". Isso é óbvio. A questão real não é essa; é o caso de questionarmos se iremos ganhar a Copa assim! Até agora enfrentamos equipes fracas ou medíocres, sem tradição no futebol, cuja principal conquista era estar participando da competição.
Neste sábado, enfrentaremos a França, uma equipe tradicional, experiente, bem organizada e tecnicamente eficiente, apesar da alta média etária... Mas nada que distoe dos velhacos cansados e ineficientes brasileiros (Cafú, Roberto Carlos, Emerson...). Se Parreira insistir nessa estupidez incompreensível, o jogo será, na melhor das hipóteses, técnica e emocionalmente sofrível. Na pior das hipóteses, será um "revival" de 1998. Quando até Babão Bueno reclama da armação da equipe e comenta que a vitória "poderia ter sido mais tranqüila", fica claro que algo realmente vai muito errado.
Por outro lado, não seria tão trágico o Brasil cair fora, para que o discurso da mediocridade seja derrotado e para que Portugal tenha uma chance de, merecidamente, ingressar na elite do futebol mundial.
terça-feira, 27 de junho de 2006
(_)
Ontem teve mais uma sessão com candidadtos a presidente no Roda-Viva. Cristóvam foi o entrevistado de ontem. Gostei do discurso dele, com algumas exceções, claro. Seu discurso me parece coerente e, sobretudo, focado. O foco eu acho fundamental; mostra o projeto maior do candidato para resolução de problemas estruturais. Ter um candidato cuja bandeira é a Educação é importante, pois coloca o tema em evidência forçando os demais a apresentar alternativas. Não é como Heloísa Helena, que defende a Revolução, por exemplo, e o radicalismo maluco de quem não pode querer, nem tampocouco deve ter condições, governar.
Cristóvam me decepciona, entretanto, na parte de seu discurso com o objetivo de causar o medo. Um discurso estilo Regina Duarte. Acho desconstrutivo e preconceituoso. Ele diz temer que Lula, uma vez reeleito, vire um Chavez e force para si um terceiro mandato. Baseado em quê, ele diz isso? É um medo dele, realmente, ou ele adotou esse medo estrategicamente, agora? Acho despropositado. Esse tipo de discurso eu esperaria da dupla PSDB-PFL, não de Cristóvam.
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E a Seleção?
Parreira tem um livro escrito recentmente: Formando Equipes Vencedoras. Acho que, baseado em como coloca em prática seus conhecimentos de gestão, ninguém deve ler esse livro. Esse terinador consegue pegar jogadores que costumam encantar, colocá-los em posições que não são suas melhores e transformar o jogo num espetáculo de chatice. Juntar talentos é fácil, principalmente quando aqui temos tantos. Usar todos esses talentos formando uma equipe vencedora, eis o desafio.
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Quem é mais chato: o Louro José ou Galvão Bueno?
sexta-feira, 23 de junho de 2006
Show é ganhar jogando bonito.
Numa equipe, não existe insubstituíveis. Todos os componentes daquele grupo são, supostamente, capazes de cumprir as tarefas determinadas pelo líder. De acordo com as circunstâncias, o líder deve saber como usar suas peças adequando-as ao ambiente no qual está atuando. Saber montar uma equipe com os melhores componentes é importante, mas não é nada se não se sabe usar essas peças.
O rótulo criado pela equipe de Parreira, ou seja, a distinção entre Titulares e Reservas fere o conceito de equipe. A equipe de Parreira fere, também, o item insubstitucionalidade das peças componentes daquele grupo. Afinal, numa equipe todos são titulares e ninguém é insubstituível.
O jogo de ontem contra o Japão foi lindo. Ele foi bom porque Parreira agiu um pouco sem ser Parreira e colocou os "reservas" em campo: um time mais solto, mais criativo e mais ofensivo. O jogo foi bom até o momento que Parreira voltou a ser Parreira e decidiu deixar o jogo que estava bom para Brasil, chato. Então, ele tira Ronaldinho Gaúcho e entra com seu Zinho de 2006, sua enceradeira, Ricardinho. E o jogo cái de qualidade. Ainda bem que fica a memória da maior parte do jogo... de um futebol de equipe que não nos faz desejar que baixe a estrela num de nossos jogadores para resolver o jogo porque, afinal de contas, a estrela, finalmente, não foi ninguém individualmente; foi a seleção brasileira, como tanto prega Parreira.
Até ontem, estávamos presos ao "show é ganhar". Depois de ontem, espero que o próprio Parreira tenha visto que show é muito mais do que ganhar. Show é ganhar jogando bonito. Show é ter uma equipe e, não, um grupo de talentos.
Espero que esteja errado, mas eu não me iludo com Parreira. Acredito que apesar do verdadeiro show que sua equipe deu em campo, ele continuará sendo Parreira: aquele líder medíocre, pouco ousado, conservador. No máximo, ele entrará apenas com Robinho na frente, no lugar de Adriano. Gostaria de ver algo mais, mas, como disse não me iludo. Parreira aparentemente já deu a sua dose de ousadia para esta Copa.
quinta-feira, 22 de junho de 2006
MAIS NOTAS DE LEVE
Vi trecho de uma entrevista com Parreira no qual ele disse que show é ganhar. É por isso que, desde o último jogo contra a Austrália, decidi que não torcerei mais por este treinador. Eu gosto de futebol! Gosto de ver equipes, dentro de seus estilos, jogando bola. A Alemanha com seu jogo físico e alto; a Inglaterra com bolas altas, chutes potentes e talentos individuais característicos; a Argentina com seu rápido toque de bola, marcação intensa e talentos individuais típicos da escola sul-americana; a Costa do Marfim (infelizmente, desclassificada), com seu toque rápido, jogo para frente e de muita garra... cada um dentro do seu estilo, ganhando de 1x0, perdendo de 2x1 ou vencendo de 6x0. O Brasil joga o futebol de 1994, sendo que então nós não tínhamos o talento que temos hoje. Show é ganhar jogando bola, seu técnico de merda! Enquanto o Brasil não sabe o que é isso, torcerei para as equipes que têm ganho com moral: Espanha, Argentina, Alemanha, Inglaterra...
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E o poeta Bial? Tão lindas suas poesias no Jornal Nacional. Chego a me emocionar com suas palavras e, mais ainda, com sua voz... Tudo muito profundo!
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Fui à Parada Gay em São Paulo neste sábado. Parece as virgens de Olinda, sendo que de verdade. Fiquei chocado com os transexuais e com a quantidade de menininha de 14 anos se pegando. Nos trios, um bando de bicha-louca dançando e se divertindo.
Legal que no Brasil nós tenhamos espaço para este tipo de manifestação. Não fosse o excesso de putaria... acho que a luta pelo respeito fica um tanto arranhada do jeito que a Parada acontece. Talvez eu que seja careta... Mas acho que o Movimento precisa se dar um pouco mais de valor e se levar mais a sério.
terça-feira, 13 de junho de 2006
NOTAS DE LEVE
Assisti esta noite à entrevista com Heloísa Helena no Roda Viva. A idéia de ter um partido de esquerda novo não me é antipática. No entanto, a semelhança de seu discurso, mascarada de não elitista e socialista, com a visão de partidos conservadores é incrível. A adoção do termo "mensalão" e "aero-lula" chamaram minha atenção.
Enfim, ser candidato como Heloísa Helena, que sabe que jamais será eleita, é muito fácil: tudo pode! Tudo é possível! Orçamento e relação com demais partidos é balela! Tudo parece muito fácil... os mais ingênuos devem se perguntar: "Realmente, tudo é tão simples, por que ninguém fez isso antes?".
Houve trechos interessantes na entrevista. Um, único, aliás. Quando ela falou de sua política de segurança pública. Todo o resto foi patético. Simples demais! Fácil demais! Explicação, zero, sobre como as coisas seriam feitas e com o apoio de quem ela as faria.
Me impressiona como o nosso atual presidente é desrespeitado. Senadores ameaçam agredi-lo, ex-presidentes o chamam de "fanfarrão"... falta classe e, sobretudo, saber criticar. Por que estão tão agressivos, todos? Por que essa falta de respeito? Algo justifica?
E o sorriso de William Bonner toda vez que ele chama Fátima Bernardes lá na Alemanha??? Que coisa linda, né?!, não fosse ridículo!! Sinceramente...
Meu palpite para o jogo do Brasil, logo mais: 2 x 1, Brasil. Já cravei dois jogos no bolão do trabalho! Argentina 2 x 1 Costa do Marfim e Itália 2 x 0 Gana. Vamos que vamos... Na minha Copa, a final é Itália e Brasil. Itália campeã. Que eu esteja errado!
Assisti esta noite à entrevista com Heloísa Helena no Roda Viva. A idéia de ter um partido de esquerda novo não me é antipática. No entanto, a semelhança de seu discurso, mascarada de não elitista e socialista, com a visão de partidos conservadores é incrível. A adoção do termo "mensalão" e "aero-lula" chamaram minha atenção.
Enfim, ser candidato como Heloísa Helena, que sabe que jamais será eleita, é muito fácil: tudo pode! Tudo é possível! Orçamento e relação com demais partidos é balela! Tudo parece muito fácil... os mais ingênuos devem se perguntar: "Realmente, tudo é tão simples, por que ninguém fez isso antes?".
Houve trechos interessantes na entrevista. Um, único, aliás. Quando ela falou de sua política de segurança pública. Todo o resto foi patético. Simples demais! Fácil demais! Explicação, zero, sobre como as coisas seriam feitas e com o apoio de quem ela as faria.
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Me impressiona como o nosso atual presidente é desrespeitado. Senadores ameaçam agredi-lo, ex-presidentes o chamam de "fanfarrão"... falta classe e, sobretudo, saber criticar. Por que estão tão agressivos, todos? Por que essa falta de respeito? Algo justifica?
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E o sorriso de William Bonner toda vez que ele chama Fátima Bernardes lá na Alemanha??? Que coisa linda, né?!, não fosse ridículo!! Sinceramente...
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Meu palpite para o jogo do Brasil, logo mais: 2 x 1, Brasil. Já cravei dois jogos no bolão do trabalho! Argentina 2 x 1 Costa do Marfim e Itália 2 x 0 Gana. Vamos que vamos... Na minha Copa, a final é Itália e Brasil. Itália campeã. Que eu esteja errado!
domingo, 11 de junho de 2006
No Brasil, tudo é Uma Merda
Antes de começar, gostaria de convocar algum jornalista ou comunicador em geral para fazer uma autocrítica de sua classe de trabalho com o objetivo de defender ou explicar o a situação do quadro de comunicadores em nosso país.
Como dito anteriormente, quando falávamos do caso de como a política é tratada na mídia, a forma superficial e incompleta. Trata-se o assunto sem atender de modo responsável o papel de informar à população. Apenas repetindo o que já foi dito, política limita-se à questão eleitoral.
A informação, quando tratada comercialmente é deturpada e atende aos interesses comerciais do grupo comunicador. De uma forma geral, notícia ruim vende mais; escândalos são mais atraentes; frases de efeito editadas repassando uma idéia diferente da que aquele que a disse gostaria. Por outro lado, notícias positivas vendem menos. Falar bem não dá audiência nem, muito menos, gera polêmicas; logo, são notícias menos presentes nos telejornais e programas afins. Isso vale para política, economia, esporte...
A mídia esportiva, por exemplo, serve para duas coisas: informar resultados e falar mal.Por mais que tenhamos casos de dirigentes que se esforçam para transformar o ambiente num espaço mais profissional, o foco da mídia permanece nos viciados em práticas que, aos poucos, tornam-se ultrapassadas.
A mesma coisa na economia. Prever quadros ruins e negativos, políticas más para aquele momento, enfim, gera mais polêmica. Não adianta se baixamos os juros, indicando uma tendência de, aos poucos, haver mais baixas. Vamos ouvir que embora tenha baixado algo, deveria ter baixado mais, etc, etc, etc.
É como se houvesse uma campanha pesada da mídia para fazer crer a população que nada no Brasil presta e que não há solução para nossas mazelas.
Apesar do momento crítico por qual passa nosso Congresso é importante dar espaço para a pequena parcela deste grupo compromissada com o povo e com a melhora, em algum aspecto, de nosso país.
A mesma coisa no caso do esporte: temos casos absurdos de eternos dirigentes de clubes e federações os quais se mantêm no poder por interesses obscuros. No entanto, há casos como a Federação Paulista de Futebol, a c-Confederação Brasileira de Vôlei e o clube Atlético-PR, os quais são referências de gestão profissional e visionárias em suas áreas.
O ruim, entretanto, é mais vendedor e, por isso, mais presente na mídia. Mas, e onde fica a responsabilidade do veículo de informação e dos profissionais da informação? Continuaremos a promover a idéia de que somos todos corruptos?
E a auto-estima do brasileiro?
Como dito anteriormente, quando falávamos do caso de como a política é tratada na mídia, a forma superficial e incompleta. Trata-se o assunto sem atender de modo responsável o papel de informar à população. Apenas repetindo o que já foi dito, política limita-se à questão eleitoral.
A informação, quando tratada comercialmente é deturpada e atende aos interesses comerciais do grupo comunicador. De uma forma geral, notícia ruim vende mais; escândalos são mais atraentes; frases de efeito editadas repassando uma idéia diferente da que aquele que a disse gostaria. Por outro lado, notícias positivas vendem menos. Falar bem não dá audiência nem, muito menos, gera polêmicas; logo, são notícias menos presentes nos telejornais e programas afins. Isso vale para política, economia, esporte...
A mídia esportiva, por exemplo, serve para duas coisas: informar resultados e falar mal.Por mais que tenhamos casos de dirigentes que se esforçam para transformar o ambiente num espaço mais profissional, o foco da mídia permanece nos viciados em práticas que, aos poucos, tornam-se ultrapassadas.
A mesma coisa na economia. Prever quadros ruins e negativos, políticas más para aquele momento, enfim, gera mais polêmica. Não adianta se baixamos os juros, indicando uma tendência de, aos poucos, haver mais baixas. Vamos ouvir que embora tenha baixado algo, deveria ter baixado mais, etc, etc, etc.
É como se houvesse uma campanha pesada da mídia para fazer crer a população que nada no Brasil presta e que não há solução para nossas mazelas.
Apesar do momento crítico por qual passa nosso Congresso é importante dar espaço para a pequena parcela deste grupo compromissada com o povo e com a melhora, em algum aspecto, de nosso país.
A mesma coisa no caso do esporte: temos casos absurdos de eternos dirigentes de clubes e federações os quais se mantêm no poder por interesses obscuros. No entanto, há casos como a Federação Paulista de Futebol, a c-Confederação Brasileira de Vôlei e o clube Atlético-PR, os quais são referências de gestão profissional e visionárias em suas áreas.
O ruim, entretanto, é mais vendedor e, por isso, mais presente na mídia. Mas, e onde fica a responsabilidade do veículo de informação e dos profissionais da informação? Continuaremos a promover a idéia de que somos todos corruptos?
E a auto-estima do brasileiro?
quinta-feira, 8 de junho de 2006
Dia de alvi-rubro
Quem não passou por um em algum momento da vida? Pois é, alguns de vocês já sabem, outros vão ficar sabendo agora. Na semana passada, eu vivi o meu próprio dia de alvi-rubro. Morri na praia. Não passei no concurso do Rio Branco, para o qual tenho me preparado há em torno de um ano.
Fiquei muito triste. É sempre uma chateação quando não se consegue atingir um objetivo almejado. Por outro lado, sempre tive consciência dessa possibilidade. Mas nunca estamos totalmente preparados para o fracasso. Nessas horas, o apoio da família, mesmo longe, é imprescindível. Além desses, ainda pude contar com a força de velhos amigos distantes, que por skype, msn, telefone ou e-mail mandaram mensagens bonitas de encorajamento. Igualmente importante foi a ajuda dos amigos mais recentes, daqui de Brasília, que tornou a experiência menos dolorosa, mais tolerável.
Decidi não voltar a Recife agora, e retomar os estudos pro ano que vem desde já. Na semana que vem volto ao curso preparatório e à rotina de leituras. Essa semana tirei pra re-organizar minha vida - arrumei uma bicicleta, comprei um filtro, vou providenciar uma cadeira mais confortável. Também tenho lido literatura - acabei de ler um livro que ganhei de presente, "O amanuense Belmiro", do escritor mineiro Cyro dos Anjos. Escrito em forma de diário, lembra "Memorial de Ayres", só que refletindo a sociedade brasileira dos anos 30. É uma leitura que flui, muito agradável. Além de literatura, tenho saído com amigos pra beber e socializar - antes de voltar à abstinência auto-imposta.
E o melhor anti-depressivo de todos - Lost. Em uma semana, já vi toda a primeira temporada e estou na metade da segunda. Já tinha ouvido tanto falar desse seriado. Mas desconfiava... sou cético em relação a esses fenômenos de massa... Sabe aquela tirada "toda unanimidade é burra"? Pronto... Mas meio que levado por um amigo, comecei a assistir... O negócio vicia. É bom mesmo. Um programa bem feito, bom roteiro, bons diálogos, ótimo elenco e uma capacidade incrível de manter a curiosidade. É mais um desses programas que só mesmo a TV americana, com sua concorrência intensa, é capaz de produzir (impensável um programa semelhante num mercado televisivo monopolizado e pouquíssimo segmentado como o brasileiro). Enfim, estou no décimo episódio da segunda temporada. Nada de spoilers, hein!
Pois é isso. Já estou assimilando o baque, limpando a poeira dos ombros e olhando pra frente. Na semana que vem volto às aulas e aos livros, consciente dos meus méritos e também das minhas fraquezas. O resumo dessa história toda é que eu estava bem preparado para as duas primeiras fases, que passei bem, mas nem um pouco para a terceira. Alguém aqui me disse que se preparar para concurso é como carregar uma bolsa por um longo e tortuoso caminho, e ir enchendo-a de pedras no percurso. Quanto mais se caminha, mais pesada a bolsa vai ficando, mais estragada também, e mais difícil se torna carregá-la. Mas quando se chega ao objetivo final, as pedras viram pepitas de ouro... É trabalhar para que o ano que vem eu tenha melhor sorte - de rubro-negro!
Mas antes disso... O que vai acontecer em Lost?! Onde estão Michael e Walt? Para que servem aqueles números naquele computador? Que porra é a Dharma Initiative? Que fim levou o Desmond? Eis meus maiores questionamentos imediatos!
Quem não passou por um em algum momento da vida? Pois é, alguns de vocês já sabem, outros vão ficar sabendo agora. Na semana passada, eu vivi o meu próprio dia de alvi-rubro. Morri na praia. Não passei no concurso do Rio Branco, para o qual tenho me preparado há em torno de um ano.
Fiquei muito triste. É sempre uma chateação quando não se consegue atingir um objetivo almejado. Por outro lado, sempre tive consciência dessa possibilidade. Mas nunca estamos totalmente preparados para o fracasso. Nessas horas, o apoio da família, mesmo longe, é imprescindível. Além desses, ainda pude contar com a força de velhos amigos distantes, que por skype, msn, telefone ou e-mail mandaram mensagens bonitas de encorajamento. Igualmente importante foi a ajuda dos amigos mais recentes, daqui de Brasília, que tornou a experiência menos dolorosa, mais tolerável.
Decidi não voltar a Recife agora, e retomar os estudos pro ano que vem desde já. Na semana que vem volto ao curso preparatório e à rotina de leituras. Essa semana tirei pra re-organizar minha vida - arrumei uma bicicleta, comprei um filtro, vou providenciar uma cadeira mais confortável. Também tenho lido literatura - acabei de ler um livro que ganhei de presente, "O amanuense Belmiro", do escritor mineiro Cyro dos Anjos. Escrito em forma de diário, lembra "Memorial de Ayres", só que refletindo a sociedade brasileira dos anos 30. É uma leitura que flui, muito agradável. Além de literatura, tenho saído com amigos pra beber e socializar - antes de voltar à abstinência auto-imposta.
E o melhor anti-depressivo de todos - Lost. Em uma semana, já vi toda a primeira temporada e estou na metade da segunda. Já tinha ouvido tanto falar desse seriado. Mas desconfiava... sou cético em relação a esses fenômenos de massa... Sabe aquela tirada "toda unanimidade é burra"? Pronto... Mas meio que levado por um amigo, comecei a assistir... O negócio vicia. É bom mesmo. Um programa bem feito, bom roteiro, bons diálogos, ótimo elenco e uma capacidade incrível de manter a curiosidade. É mais um desses programas que só mesmo a TV americana, com sua concorrência intensa, é capaz de produzir (impensável um programa semelhante num mercado televisivo monopolizado e pouquíssimo segmentado como o brasileiro). Enfim, estou no décimo episódio da segunda temporada. Nada de spoilers, hein!
Pois é isso. Já estou assimilando o baque, limpando a poeira dos ombros e olhando pra frente. Na semana que vem volto às aulas e aos livros, consciente dos meus méritos e também das minhas fraquezas. O resumo dessa história toda é que eu estava bem preparado para as duas primeiras fases, que passei bem, mas nem um pouco para a terceira. Alguém aqui me disse que se preparar para concurso é como carregar uma bolsa por um longo e tortuoso caminho, e ir enchendo-a de pedras no percurso. Quanto mais se caminha, mais pesada a bolsa vai ficando, mais estragada também, e mais difícil se torna carregá-la. Mas quando se chega ao objetivo final, as pedras viram pepitas de ouro... É trabalhar para que o ano que vem eu tenha melhor sorte - de rubro-negro!
Mas antes disso... O que vai acontecer em Lost?! Onde estão Michael e Walt? Para que servem aqueles números naquele computador? Que porra é a Dharma Initiative? Que fim levou o Desmond? Eis meus maiores questionamentos imediatos!
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