Tendência de alta
A cúpula da campanha do candidato oposicionista Geraldo Alckmin assume discurso de que a campanha ainda não começou, e que, a partir da exibição da propaganda eleitoral, será possível "desconstruir" o Presidente Lula.
O grande problema dessa perspectiva é que ela não leva em conta um fator essencial. O Governo Lula sofreu, nos últimos 12 meses, a maior campanha difamatória - e sem entrar aqui no mérito da questão - jamais enfrentada por um governo na história recente do país. Tratou-se, ademais, do primeiro escândalo na era da internet. Ou seja, a suposta "desconstrução" vai retomar uma mensagem que já foi bombardeada pelos meios de comunicação insistente e incessantemente. Não será nenhuma novidade para o eleitorado, que a essa altura já tem conhecimento de todas as denúncias.
O PT e o Presidente Lula, por seu turno, terão a ocasião de passar a sua versão dos fatos, algo que não tiveram no decorrer da "crise". Alkmin, ao não adotar um discurso novo, vai atingir a fatia do eleitorado que já está disposta a votar nele - os pouco menos de 20% dos eleitores. Lula, por outro lado, terá a possibilidade de convencer os céticos e os decepcionados, ao mostrar o que o seu governo tem feito. E o eleitor de Lula, os cerca de 45% do eleitorado, tende a ser sólido. Lula tem margem para crescer mais, porque seu discurso não foi o predominante durante a campanha difamatória. Alkmin vai repisar uma estratégia que já se mostrou falha, ao atacar o Presidente Lula. E vai perder por conta disso.
Um comentário:
Aprendi muito
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