domingo, 1 de outubro de 2006

26/09/2006 09:00

O que está em jogo no dia 1º de outubro


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Não se trata de vencer por vencer. E não se trata do PT. O que está em
jogo é o Brasil, o futuro do país, o seu rumo. Nada pode apagar os quatro
anos de governo Lula, resultado de nossa vitória em 2002. O balanço é o
próprio povo que está fazendo. Mas ainda há muito para fazer a fim de que
o Brasil cresça e acabe com suas desigualdades sociais históricas.

A reeleição de Lula é fundamental, não só para avançar no projeto de
desenvolvimento, mas, principalmente, para iniciar uma ampla reforma
democrática no Estado brasileiro, começando pela reforma
político-eleitoral.

No início de 2004, a oposição rompeu o pacto democrático e iniciou, com
amplo apoio de grande parte de nossa mídia, uma escalada para
desestabilizar, derrotar e, se fosse possível, derrubar o governo Lula. O
uso aberto e sem pudor das CPIs para esse fim está comprovado na recusa,
sem vacilações, do PSDB e do PFL em permitir CPIs sobre seus governos
estaduais. E, agora, do PSDB de Piracicaba (SP), que acaba de arquivar um
pedido de investigação parlamentar sobre as relações de Barjas Negri
(ex-ministro da Saúde e ligado a José Serra), o empresário Abel Pereira e
a máfia das ambulâncias.

A oposição não vacilou em apelar abertamente para o golpe, como o fez pela
voz autorizada de um ex-presidente da República e seu líder inconteste. A
base de nossa democracia é o voto universal. Mas, durante toda a campanha
eleitoral, o que vimos foi uma tentativa canhestra e antiga, como aquela
praticada pela UDN nas décadas de 50 e 60, de desqualificar o voto
popular. A oposição não teve pejo de representar no Tribunal Superior
Eleitoral contra a candidatura Lula, sem ter nenhuma evidência, indício ou
prova que envolvesse o presidente e os recursos de sua campanha no caso do
dossiê Serra.

Não temos salvação fora da legalidade e da democracia, fora das
instituições. Aqueles que nos acusam de aparelhar o Estado não podem,
abertamente, politizar e partidarizar a ação da Justiça Eleitoral e nem
pretender substituir o voto pelo Tribunal Superior Eleitoral, retrocedendo
às piores práticas da República Velha.

O princípio sagrado da democracia (“a cada cidadão um voto”) não pode ser
substituído pelo veredicto de uma dezena de homens. A igualdade de
condições para a disputa do voto não pode ser desequilibrada pelo uso da
mídia na campanha, pela partidarização aberta e completa do noticiário e
pela manipulação dos fatos.

Nunca, na história recente do Brasil, assistimos uma tão despudorada ação
dos meios de comunicação contra um governo e uma candidatura, sem falar na
campanha contra o PT. Nossa vitória, no primeiro turno, será, também, uma
resposta clara e dura do povo a essas práticas antidemocráticas e
permitirá ao país avançar na consolidação de nossa recente democracia.

Como sempre, a militância do PT fará a diferença. Precisamos da
mobilização e da arrancada final da última semana, precisamos fiscalizar a
eleição no dia 1º, é isso que vai garantir nossa vitória no primeiro
turno. Com a força do povo, Lula de novo.

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