contagem regressiva
Mon Feb 28, 2005 4:45 pm
Olá pessoas!
Finalmente, notícias.
Cheguei de Recife há pouco mais de duas semanas. E a chegada foi cheia
de novidades. Aumento no aluguel (parcelas do IPTU); máquina de barbear
pifou (estou ficando barbudo); walkman pifou (estou ouvindo menos
rádio); e comprar um celular pelas vias legais é difícil e frustrante.
Mas a notícia mais esperada e a única boa foi que o Edital tinha sido,
finalmente, publicado.
Com isso, começou a contagem regressiva. Essa informação é importante;
antes, não saber quando e como seriam as provas e as fases gerava uma
incerteza muito grande - o que, além de ser ruim psicologicamente, não
permitia um planejamento estratégico de estudo. As primeira e segunda
fases serão nos dias 16 e 17 de Abril, respectivamente, e abragerá
História Mundial e do Brasil, Geografia e Português. A lista dos
aprovados (acho que serão 300) nestas fases sairá em meados de Junho. A
terceira, e última fase, ocorrerá nos últimos fins de semana de junho,
até o primeiro fim de semana de Julho (2 e 3) e abrangerá o resto das
disciplinas: Questões Internacionais, Inglês, Francês ou Espanhol,
Direito, Economia, História. Será mais ou menos assim. A lista final só
sairá em meados de Agosto.
Cheguei aqui de volta, depois de duas semanas de Recife, e já entrei no
ritmo normal de estudo. Estou agora focando mais nas matérias das
primeira e segunda fases.
Minha estada em Recife foi muito proveitosa. Vi um monte de gente que
eu queria ver. Também foi interessante (porém cansativo) receber meus
pais de intercâmbio. Acho que Recife superou as expectativas deles.
ELes gostaram muito. QUer dizer, nos três primeiros dias, depois de
vários passeios legais (incluindo Atellier de Brennand, Olinda, passeio
a pé pelo Bairro do Recife, show de bossa nova...) eles estavam
gostando muito. Depois do quarto dia (na casa do meu tio em Maria
Farinha) eles acharam DO CARALHO. haha. As fotos, quem estiver curioso
para vê-las, é só ir na página de fotos da família -
http://br.photos.yahoo.com/bernajurema . O passeio que eu gostei que só
foi ir da casa da minha avó na Boa Vista até o Marco Zero. Foram também
minha mãe com duas amigas da Austrália e Noé - aliás, o passeio não
seria o mesmo sem Noé, um almanaque ambulante do Bairro do Recife, um
verdadeiro privilégio. As cenas do passeio de barco pelo Capibaribe
também revelam um Recife que conseguiu manter sua poética, sem ser
poluído pelos monstregos erigidos pela Moura Dubeux e quetais. (sem
saudosismo de um tempo que eu nem vivi, hein!).
Por aqui, eu sigo descobrindo a cidade, pouco a pouco. Este fim de
semana descobri a estrada dos tijolos amarelos (ahhaha) para a minha
autonomia cultural na cidade! Tem um ônibus que sai de perto de onde eu
moro e leva, gratuitamente, até o Centro Cultural Banco do Brasil.
Muito útil isso, já que o transporte público não chega até lá. Pena
que, aparentemente, eu fui o único não-funcionário o usufruir o
serviço. Mas usei bem! Só neste fim de semana vi um filme israelita
(casamento arranjado) um alemão, sobre um fim de semana de Hitler nos
Alpes, uma exposição sobre a História da Pré-História brasileira e uma
peça, Hamlet. Chega de shopping center!
Falando nisso, é um traço bem marcante da cidade. Shopping centers. A
cidade quase não tem espaços públicos coletivos de lazer. Fora o famoso
Parque da Cidade (que a partir de certa hora é um centro para
bizarrices sexuais, tarados e coisas do tipo), os espaços públicos são
privados - os shoppings. Lá as famílias de classe média e média alta da
cidade vão passear, ver peças de mamulengos e shows voz-violão (na
praça de alimentação), exposições, a maior bolsa do mundo, o mundo de
Tainá, etc. Lembra demais os Estados Unidos. Aliás, aqui há uma
americanização muito intensa, ainda que muito superficial. É um
consumismo MUITO grande de tudo - roupas, carro, religião. Não é um
americanismo na sua essência, mas aquilo que a cultura americana tem de
mais vulgar, banal. Não é à tôa que aqui há tanto fanatismo religioso,
seitas e um problema de drogas muito grande, principalmente entre
jovens de classe média alta. Na verdade os pobres só vêm pras "asas"
pra trabalhar. Em geral, moram bem longe, marginalizados nas cidades
satélites.
Eita, tenho que ir nessa. Queria continuar escrevendo mais daqui a
pouco começa minha aula.
Abraços a todos e mandem notícias.
BJ
Olá pessoas!
Finalmente, notícias.
Cheguei de Recife há pouco mais de duas semanas. E a chegada foi cheia
de novidades. Aumento no aluguel (parcelas do IPTU); máquina de barbear
pifou (estou ficando barbudo); walkman pifou (estou ouvindo menos
rádio); e comprar um celular pelas vias legais é difícil e frustrante.
Mas a notícia mais esperada e a única boa foi que o Edital tinha sido,
finalmente, publicado.
Com isso, começou a contagem regressiva. Essa informação é importante;
antes, não saber quando e como seriam as provas e as fases gerava uma
incerteza muito grande - o que, além de ser ruim psicologicamente, não
permitia um planejamento estratégico de estudo. As primeira e segunda
fases serão nos dias 16 e 17 de Abril, respectivamente, e abragerá
História Mundial e do Brasil, Geografia e Português. A lista dos
aprovados (acho que serão 300) nestas fases sairá em meados de Junho. A
terceira, e última fase, ocorrerá nos últimos fins de semana de junho,
até o primeiro fim de semana de Julho (2 e 3) e abrangerá o resto das
disciplinas: Questões Internacionais, Inglês, Francês ou Espanhol,
Direito, Economia, História. Será mais ou menos assim. A lista final só
sairá em meados de Agosto.
Cheguei aqui de volta, depois de duas semanas de Recife, e já entrei no
ritmo normal de estudo. Estou agora focando mais nas matérias das
primeira e segunda fases.
Minha estada em Recife foi muito proveitosa. Vi um monte de gente que
eu queria ver. Também foi interessante (porém cansativo) receber meus
pais de intercâmbio. Acho que Recife superou as expectativas deles.
ELes gostaram muito. QUer dizer, nos três primeiros dias, depois de
vários passeios legais (incluindo Atellier de Brennand, Olinda, passeio
a pé pelo Bairro do Recife, show de bossa nova...) eles estavam
gostando muito. Depois do quarto dia (na casa do meu tio em Maria
Farinha) eles acharam DO CARALHO. haha. As fotos, quem estiver curioso
para vê-las, é só ir na página de fotos da família -
http://br.photos.yahoo.com/bernajurema . O passeio que eu gostei que só
foi ir da casa da minha avó na Boa Vista até o Marco Zero. Foram também
minha mãe com duas amigas da Austrália e Noé - aliás, o passeio não
seria o mesmo sem Noé, um almanaque ambulante do Bairro do Recife, um
verdadeiro privilégio. As cenas do passeio de barco pelo Capibaribe
também revelam um Recife que conseguiu manter sua poética, sem ser
poluído pelos monstregos erigidos pela Moura Dubeux e quetais. (sem
saudosismo de um tempo que eu nem vivi, hein!).
Por aqui, eu sigo descobrindo a cidade, pouco a pouco. Este fim de
semana descobri a estrada dos tijolos amarelos (ahhaha) para a minha
autonomia cultural na cidade! Tem um ônibus que sai de perto de onde eu
moro e leva, gratuitamente, até o Centro Cultural Banco do Brasil.
Muito útil isso, já que o transporte público não chega até lá. Pena
que, aparentemente, eu fui o único não-funcionário o usufruir o
serviço. Mas usei bem! Só neste fim de semana vi um filme israelita
(casamento arranjado) um alemão, sobre um fim de semana de Hitler nos
Alpes, uma exposição sobre a História da Pré-História brasileira e uma
peça, Hamlet. Chega de shopping center!
Falando nisso, é um traço bem marcante da cidade. Shopping centers. A
cidade quase não tem espaços públicos coletivos de lazer. Fora o famoso
Parque da Cidade (que a partir de certa hora é um centro para
bizarrices sexuais, tarados e coisas do tipo), os espaços públicos são
privados - os shoppings. Lá as famílias de classe média e média alta da
cidade vão passear, ver peças de mamulengos e shows voz-violão (na
praça de alimentação), exposições, a maior bolsa do mundo, o mundo de
Tainá, etc. Lembra demais os Estados Unidos. Aliás, aqui há uma
americanização muito intensa, ainda que muito superficial. É um
consumismo MUITO grande de tudo - roupas, carro, religião. Não é um
americanismo na sua essência, mas aquilo que a cultura americana tem de
mais vulgar, banal. Não é à tôa que aqui há tanto fanatismo religioso,
seitas e um problema de drogas muito grande, principalmente entre
jovens de classe média alta. Na verdade os pobres só vêm pras "asas"
pra trabalhar. Em geral, moram bem longe, marginalizados nas cidades
satélites.
Eita, tenho que ir nessa. Queria continuar escrevendo mais daqui a
pouco começa minha aula.
Abraços a todos e mandem notícias.
BJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário