gramática-cinema-céu-chuva
Sun Mar 6, 2005 2:14 pm
Aproveitando a oportunidade, mando mais novidades.
Bom, novidades mesmo não... Não há muitas. São escassas já que não
faço muita coisa durante a semana fora do itinerário casa-rodoviária-
biblioteca-rodoviária-curso-casa.
Semana passada estudei a Gramática Portuguesa. É muito interessante,
mas também muito chato. ALém do que, é um pouco como saber a
composição química do diamante: tira a beleza. Por exemplo, estudando
fonética, você pára pra pensar como deve abrir o véu palatino de
Marisa Monte quando ela canta "soildãããããão..." E eu não quero nem
imaginar como deveria ter sido o véu palatino de Louis Armstrong!
Na mensagem anterior, me empolguei demais e falei que tinha me livrado
dos shoppings... Foi só empolgação, mesmo. Continuo passando lá todos
os dias, pois é lá onde janto antes do curso.
E ontem mesmo fui ao cinema. Ontem fui tomar uma cerveja depois do
curso com Marinho, meu ex-vizinho aí em Recife (é engraçado isso de
morar fora de Recife, pois saio com certas pessoas que, normalmente,
nunca sairia em Recife. Amanhã mesmo vem uma prima minha pra cá, e
vamos nos encontrar - nunca nos encontramos em Recife que não seja no
almoço na casa de vovó nos domingos!) Mas como ia dizendo, depois da
cerveja, à noite fui ao shopping, ver um filme. Fui ver "Mar Aberto".
Confesso que não estava muito animado, não. O cartaz, o título, a
temática e o fato de ter ganho o Oscar - nada disso me atraía. Mas
segui a sugestão de MAteus, e fui ver. Achava, confesso, que seria um
dramalhão, aquela coisa meio novela mexicana, com um pouco mais de
classe. Grata surpresa. QUe filme maravilhoso. É CINEMA. EMocionante,
inteligente, simples, honesto, profundamente humano. A atuação dos
atores é bem convincente. Os personagens são críveis, são pessoas que
poderiam totalmente existir. Você se identifica. È muito bom. Saí do
filme e decidi ver outro. ENtrei em "Menina de Ouro". Eu não gostei do
último filme de Clint Eastwood. E ter visto M. de ouro logo depois de
Mar Adentro foi MUITO interessante. A diferença é cruel. Mar Adentro é
tudo que Menina de ouro não é! O filme de Eastwood é uma farsa, uma
enganação. É oco, superficial, forçado, previsível, óbvio. Não
emociona. Fico me perguntando o que explica o sucesso de crítica e
público de um filme que é, na melhor das hipóteses, medíocre. Acho que
é porque o cinema clintiano é o equivalente a Jota Quest no
cinema: "Fácil, extremamente fácil..."... É acessível, e esquecível.
Mar adentro provoca, incomoda, fica na sua cabeça. O de clint, não
(ainda bem). Enfim, recomendo a todos Mar A dentro. Vale a pena. A
única coisa que presta mesmo no filme de eastwood é a fotografia. AS
paisagens são muito, tipicamente americanas. O clima criado é
profundamente americano. Lembra pinturas daquele cara (como é mesmo o
nome dele, Guila?) Edward alguma coisa: o diner, o posto de gasolina,
etc. Sò isso.
Esqueci de falar uma coisa de Brasília. Eu vinha querendo falar, mas
sempre esquecia na hora de escrever. Lin me lembrou bem - o Céu de
Brasília é algo excepcional. ALguém me disse que o céu daqui é o mar.
È imenso e contemplativo. No fim da tarde, o céu se transforma. Luzes
e cores de várias tonalidades surgem dos lugares mais inesperados. Uma
obra de arte, uma pintura.É uma das coisas que mais gosto é olhar o
céu de Brasília. Mas não posso olhar muito pra não ser atropelado.
haha. No horário de verão nesse momento eu tava no curso - no quarto
andar. Era massa. E aqui ainda tem horizonte (a PaulOOtavio ainda não
o destruiu, como Moura Dubeux fez aí né!).
Descobri uma coisa que é pior do que Brasília para o pedestre.
Brasília quando chove. LEvei uns banhos danado essa semana. E a água
vem de cima, dos lados, de baixo... É foda... Definitivamente, essa
cidade não foi feita pra pedestres.
Bom, é isso. Espero em breve poder mandar mais notícias.
Escrevam também.
abraços a todos.
BJ
Aproveitando a oportunidade, mando mais novidades.
Bom, novidades mesmo não... Não há muitas. São escassas já que não
faço muita coisa durante a semana fora do itinerário casa-rodoviária-
biblioteca-rodoviária-curso-casa.
Semana passada estudei a Gramática Portuguesa. É muito interessante,
mas também muito chato. ALém do que, é um pouco como saber a
composição química do diamante: tira a beleza. Por exemplo, estudando
fonética, você pára pra pensar como deve abrir o véu palatino de
Marisa Monte quando ela canta "soildãããããão..." E eu não quero nem
imaginar como deveria ter sido o véu palatino de Louis Armstrong!
Na mensagem anterior, me empolguei demais e falei que tinha me livrado
dos shoppings... Foi só empolgação, mesmo. Continuo passando lá todos
os dias, pois é lá onde janto antes do curso.
E ontem mesmo fui ao cinema. Ontem fui tomar uma cerveja depois do
curso com Marinho, meu ex-vizinho aí em Recife (é engraçado isso de
morar fora de Recife, pois saio com certas pessoas que, normalmente,
nunca sairia em Recife. Amanhã mesmo vem uma prima minha pra cá, e
vamos nos encontrar - nunca nos encontramos em Recife que não seja no
almoço na casa de vovó nos domingos!) Mas como ia dizendo, depois da
cerveja, à noite fui ao shopping, ver um filme. Fui ver "Mar Aberto".
Confesso que não estava muito animado, não. O cartaz, o título, a
temática e o fato de ter ganho o Oscar - nada disso me atraía. Mas
segui a sugestão de MAteus, e fui ver. Achava, confesso, que seria um
dramalhão, aquela coisa meio novela mexicana, com um pouco mais de
classe. Grata surpresa. QUe filme maravilhoso. É CINEMA. EMocionante,
inteligente, simples, honesto, profundamente humano. A atuação dos
atores é bem convincente. Os personagens são críveis, são pessoas que
poderiam totalmente existir. Você se identifica. È muito bom. Saí do
filme e decidi ver outro. ENtrei em "Menina de Ouro". Eu não gostei do
último filme de Clint Eastwood. E ter visto M. de ouro logo depois de
Mar Adentro foi MUITO interessante. A diferença é cruel. Mar Adentro é
tudo que Menina de ouro não é! O filme de Eastwood é uma farsa, uma
enganação. É oco, superficial, forçado, previsível, óbvio. Não
emociona. Fico me perguntando o que explica o sucesso de crítica e
público de um filme que é, na melhor das hipóteses, medíocre. Acho que
é porque o cinema clintiano é o equivalente a Jota Quest no
cinema: "Fácil, extremamente fácil..."... É acessível, e esquecível.
Mar adentro provoca, incomoda, fica na sua cabeça. O de clint, não
(ainda bem). Enfim, recomendo a todos Mar A dentro. Vale a pena. A
única coisa que presta mesmo no filme de eastwood é a fotografia. AS
paisagens são muito, tipicamente americanas. O clima criado é
profundamente americano. Lembra pinturas daquele cara (como é mesmo o
nome dele, Guila?) Edward alguma coisa: o diner, o posto de gasolina,
etc. Sò isso.
Esqueci de falar uma coisa de Brasília. Eu vinha querendo falar, mas
sempre esquecia na hora de escrever. Lin me lembrou bem - o Céu de
Brasília é algo excepcional. ALguém me disse que o céu daqui é o mar.
È imenso e contemplativo. No fim da tarde, o céu se transforma. Luzes
e cores de várias tonalidades surgem dos lugares mais inesperados. Uma
obra de arte, uma pintura.É uma das coisas que mais gosto é olhar o
céu de Brasília. Mas não posso olhar muito pra não ser atropelado.
haha. No horário de verão nesse momento eu tava no curso - no quarto
andar. Era massa. E aqui ainda tem horizonte (a PaulOOtavio ainda não
o destruiu, como Moura Dubeux fez aí né!).
Descobri uma coisa que é pior do que Brasília para o pedestre.
Brasília quando chove. LEvei uns banhos danado essa semana. E a água
vem de cima, dos lados, de baixo... É foda... Definitivamente, essa
cidade não foi feita pra pedestres.
Bom, é isso. Espero em breve poder mandar mais notícias.
Escrevam também.
abraços a todos.
BJ
Um comentário:
4 anos depois--edward hopper!
hehe
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