quinta-feira, 28 de julho de 2005

Ninguém Escapa
Quando falo de hipocrisia, aqui, não estou partidarizando a crítica. Pelo contrário. A hipocrisia estava na ação petista para barrar a CPI do mesmo jeito que ela está nas declarações de FH de que seu governo é história e não deve ser investigado. Hipocrisia é um parlamentar praticar o denuncismo escondendo nomes ligados a ele; é as pessoas negarem que não trabalham nem nunca trabalharam com caixa 2. Hipocrisia é querer fazer o Governo sangrar como se fosse corrupto e dar as costas aos corruptores das estatais e do Congresso Nacional. Hipocrisia é a imprensa posar de dona da verdade, o governo de alvo das elites e a oposição de pura e ingênua... hipocrisia somos nós afirmarmos não confiar mais no governo quando o maior problema da corrupção são aqueles que corrompem o sistema e que sempre escapam da degola.
A culpa é Minha!...

Não gosto de teorias conspiratórias para explicar o que acontece no mundo. Respeito-as porque a raça humana é gananciosa e a elite governante do mundo trabalha, sim, no sentido de manter-se no poder. Quem está em cima, não gosta de ter que ficar embaixo, mesmo que por período curto e, principalmente, por um tempo prolongado.
Para a elite, a idéia de ter um presidente do povo é ao mesmo tempo temerosa e bonita. De início, ela é bonita, pois simboliza a ascensão de uma classe abastarda. É a democracia em seu mais perfeito funcionamento. Entretanto, ela causa temor pois a alternância de poder distancia certos grupos da elite do pote de mel. Esta distância significa perda de poder; ela quer dizer menos dinheiro; e, por isso, ela deve ser, simplesmente, passageira.
Com um pensamento semelhante ao das elites funciona os sectários; os ultra-esquerdistas, puritanos exacerbados. São eles que contam com o fracasso de todos e não são capazes de propor medidas que possam solucionar qualquer problema.
Em política cada parte deve ter seus objetivos bem determinados e conhecer suas prioridades. Isso porque numa negociação política, eles deverão defender seus pontos, porém, terão que, inevitavelmente, abrir mão de algo para a parte com quem negocia. Governar é abrir espaço para os outros sem perder a identidade do Governo. Ou seja, esses grupos de extrema esquerda nunca poderão governar porque eles não sabem compor, agregar forças. Embora eles tenham seu papel: o de gritar, espernear, combater e defender os interesses de suas bases.
Há três anos, o PT surgiu como a nova força do país. Jamais tinham chegado ao poder pleno da nação, tendo sua atuação restrito à oposição até então. O partido precisava desse amadurecimento; a turma precisava sentir o que é governar um país. Quem sai ganhando somos nós, com uma política mais madura.
Não creio que possamos dizer que a crise é apenas uma manobra das elites para derrubar o governo. Há algumas variáveis envolvidas... porém, o prazer deste grupo de ver um Governo de esquerda enfraquecido e derrotado nas eleições do ano que vem é grande. Tanto que não vemos na grande imprensa coberturas imparciais dos acontecimentos. Aliás, essa cobertura é calamitosa desde o início do Governo quando foram colocados em discussão temas como o Conselho de Jornalismo e a ANCINAV. Ambos foram injustamente classificados como meios de censura. A turma falava da lei da mordaça. Grandes jornalistas e políticos da oposição atacavam as propostas com unhas e dentes para, hoje, dizerem que o que o Governo quer, desde que assuminiu, mexicanizar o Brasil. Tudo parece muito planejado! O governo teve que abrir mão de um projeto que daria mais credibilidade ao que lemos e vemos em meios de comunicação para hoje ter que ouvir de um senador da oposição que, na verdade, o Governo tinha um plano de poder onde controlaria a Imprensa para, depois, comprar deputados e, assim, manter-se no poder até 2018. Até datas eles têm!O grande tumor, eu acho, não é o Valério, ou o Zé Dirceu. O problema é muito maior que isso! E mais, quem criamos somos nós. Somos nós quem elegemos essa raça podre que compõe o Congresso Nacional. É o analfabetismo político da grande maioria que faz com que esse sistema apodrecido se perpetue. Os corruptores nada farão se corruptos não forem eleitos.

segunda-feira, 25 de julho de 2005

Resultados
Elaboramos uma simples enquete no meu site sobre motivos pelos quais as pessoas deixavam de ir a um estádio de futebol. E os resultados da nossa primeira enquete comprovam o que outras pesquisas já afirmavam: os clubes precisam rever suas prioridades. Apesar da pequena amostra, seus resultados nos levam à conclusão de que o desempenho das equipes não é o fator decisório principal para que um cidadão vá a um Estádio.
As 13 pessoas que votaram comprovam pesquisas maiores que mostram a importância do investimento em estrutura para que o Estádio atráia a um maior número de pessoas. O torcedor quer ver seu time jogar. Porém, antes disso, ele quer segurança e conforto. Se satisfizermos esses dois aspectos e se trabalharmos mais as necessidades e desejos intrínsecos do torcedor, o Estádio transformar-se-á numa fonte de receita para o clube. Este, então, terá melhores condições de montar times mais competitivos e de melhor cumprir seu papel social dentro da comunidade.
Estádio lotado, ou seja, receita com bilheteria, é um dos pilares para a saúde financeira de um clube de futebol.
Agora vão votar! Tem outra nova enquete. Quem quiser sugerir enquetes, é de graça! Valeu.

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Daslu, Primeira Leitura, Reinaldo Azevedo e Muita Hipocrisia!
Definitivamente, a revista Primeira Leitura é perigosa para o cidadão. A forma como ela faz jornalismo, assumindo totalmente as dores da classe que representa, é danosa à opinião pública. O artigo publicado pelo maluco Reinaldo Azevedo é absurdo! E ele anda circulando nos emails, engraçado, como crítica ao atual governo.
A oposição tucana é, realmente, hilária. Patética é mais adequado. Vamos lá. Como já coloquei aqui, eles acusam petistas de fazerem uma oposição irresponsável, baderneira e golpista. Eles não são... embora, nos bastidores, façam força para impedir que Lula saia candidato a reeleição.
Eles acusam o governo de aparelhamento, mas não colocam os números das criações de municípios durante as últimas gestões inchando ainda mais o Estado com municípios que sequer se pagam. Eles não dizem que os cargos hoje ocupados por petistas muitas vzes não foram ocupados por técnicos e, sim, por simpatizantes à classe no poder naquele momento.
Eles criticam o governo por afirmar que a contabilidade irregular durante campanhas eleitorais são sistemáticas, mas, depois, um ou outro, como o fez Brant em Minas Gerais, assume e ainda desafia seus colegas a assumirem que nunca o fizeram. Quanta hipocrisia!
Quando o governo propôs o Conselho de Jornalismo, todos caíram em cima! Ninguém saiu em defesa do CNJ... Seriam eles os responsáveis por fazer justiça à reputação de acusados injustamente difamados pela imprensa, esta sim Azevedo, com sede de sangue. Não é a Polícia Federal quem faz pose... O trabalho de imagem é da imprensa. O trabalho de eição de imagens e textos mostrando a casa da fulana Daslu são de responsabilidade da imprensa. Não é da Polícia Federal.
A PF investiga e, quando há fumaça, eles agem. E os acontecimentos recentes mostram uma atuação imparcial, prendendo prefeito petista no Pará e prefeito tucano em Minas Gerais; prendendo sonegador fiscal e lavadora de dinheiro. E as ações da PF não são partidarizadas. Já foram... não sei se Azevedo lembra da atuação da PF no caso Roseana Sarney - Murad... será que então ele ficou tão transtornado como agora?? Ali foi partidarização das ações da Polícia?
Deixemos de hipocrisia! Vamos acabar com isso e investigar todos os envolvidos. Vamos apurar e prender os culpados! Chega de Delúbios! Mas também não precisamos de Tranchesis... Chega de hipocrisia! E chega de Reinaldo Azevedo e sua Primeira Leitura.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

CPIhhhhhhhhhhhhhhhhh danou-se!...
Se tivéssemos um festival de premiação aos nossos parlamentares teríamos os seguintes candidatos ao prêmio:

Rodrigo Maia (PFL) – ô cabrinha safado! E burro. Apresentou uma lista sem qualquer aprofundamento denunciando até homônimos! Claro que omitiu as diversas vezes que seus próprios assessores visitaram a famosa agência do Banco Rural. Depois disso, reduziu seu tom de voz e sua arrogância barata.
César Borges (PFL) – no Roda Viva desta segunda-feira, o senador deu um show! De mediocridade. Fala mal e, mais grave, usa argumentos falsos para atacar o governo. Ele continua chamando a CPI de chapa branca apesar de sua atuação totalmente independente.
ACM Neto (PFL) – esse é bom... pelo menos de voz. Grita mais do que Roberto Jefferson em seus ensaios de ópera. É na base do grito e de insultos que ele ganha simpatia da massa.
Heloísa Helena (PSOL) – Helô deve estar achando que está em outro lugar. Alguém tem que dizer a ela que aquela sala é da CPI, e que o “I” da sigla quer dizer “Inquérito”. Não tem nada a ver com puritanismo humano-religioso. Ali é para investigar. Seus discursos inócuos não contribuíram em nada para o processo.
Jorge Bittar (PT) – muito fraco, Bittar; e, pior, muito parcial para estar onde ele está. Ele sofre de dupla personalidade: ele é grosseiro com quem apresenta provas contra o sistema criado por Dirceu e Delúbio; e ele é extremamente gentil com quem é acusado de contribuir para esse sistema.
Gustavo Fruet (PSDB) – O “Famoso ‘Quem’” desta Comissão permanecerá com o posto durante o tempo que resta de investigações e após. Ele é ruim e sofre de um mal que abala a quase todos da Comissão: não investiga; discursa.
Denise Frossard (PPS) – ela é de fato uma pessoa sensata. Eu gosto dela. Mas ela esqueceu que ela é juíza “aposentada”, e ela não está ali para julgar ninguém, por mais culpado que seja, como fez com Delúbio. Ela deve estar saudosa de sua antiga profissão...

Mas o Oscar vai para Roberto Jefferson. Seu discurso, por mais mentiroso que possa ser, é firme e consistente. Sua riqueza em detalhes mostra sua habilidade em “viajar” na sua historinha tornando-a o mais verídica possível para os ouvintes. Sua equipe de roteiristas está de parabéns, assim como o está sua equipe de maquiagem. A trilha sonora utilizada também foi de muito bom gosto. Enfim, trabalho impecável.
Mas o espetáculo continua...

terça-feira, 19 de julho de 2005

Para Onde e Com Quem Vamos?
Por mais que eu tente pensar ao contrário, vejo o fim se aproximando. O erro em si não me incomoda tanto quanto a insistência no erro.
Após a crise, o governo demorou mais de um mês fazendo a Reforma Ministerial que, por sinal, ainda não acabou. Tamanha desarticulação abala a confiança de qualquer um. Alguns novos ministros foram assumindo seus cargos sem ter tido nenhuma reunião em conjunto com os demais colegas. Onde estão os projetos do Governo? Quais são as condutas que se esperam dos ministros? Quais as prioridades do governo que os ministros devem ter em mente? Quem são os verdadeiros aliados desse governo?
Funcionar a base do fisiologismo é contraproducente! Além de ser feio, é ineficiente; dificulta o acontecimento das coisas. Sem falar que é perigoso porque as relações não são em cima de projetos, de idéias; elas são oportunistas, frágeis e vazias.
Por mais que não concorde com as posturas de uma minoria do PPS ou do PDT, acho que são partidos com muito mais identidade com o PT do que o PP de figuras como Severino Cavalcanti, Pedro Correia e Paulo Maluf. Como pode o PP ter um Ministro das Cidades, cargo que deve estar em total sintonia com os projetos do governo, a base do fisiologismo, enquanto antigos aliados e petistas históricos são ignorados?
Eu discordo desse tipo de decisão. Eu esperava que, com a crise, o governo mudasse um pouco sua linha de conduta no sentido de tornar-se mais ativo, mais harmônico, mais objetivo. A inércia, porém, prevalece. Desde sempre, aliás, ela vem prevalecendo...
Continuo acreditando nesse governo. Cada vez menos, sim, porque eu não consigo ignorar atos repetidamente equivocados. Alguém já disse que quando há muita corrupção, é porque se está perto da solução. Acho que já chega de corrupção, então. O que o país precisa, agora, é de atitude, ação, solução para dar rumo à nação.

quinta-feira, 14 de julho de 2005

Ser Oposição e Ser Situação...
Contar com uma oposição qualificada para governar é importante. A oposição responsável deve denunciar, contestar, apurar, confrontar sempre que houver indício de ilicitudes. O denuncismo por si só, sem fundamento, gera o caos, crises desnecessárias. Cada parte, entretanto, faz oposição de sua forma. Uns erram feio, outros fazem de conta, mas uma coisa é certo, ninguém é perfeito.
A oposição hoje, por exemplo, julga a si mesma como responsável e equilibrada. Acusa, segunda ela, com fatos. Acusa, segundo ela, com a experiência de saber o que é ser governo e que, por isso, não cometerá injustiças nem incentivará o golpismo como fez o PT quando era oposição.
O governo, hoje, é acusado de aparelhamento da máquina. Dizem que o PT assumiu e muita gente “rodou”, abrindo espaço para simpatizantes petistas. A alternância de poder, no entanto, é isso. Não adianta mudar governo, mudar a cúpula, se a base continuar a mesma. Deve-se ter cuidado em não priorizar políticos em detrimento de técnicos, pessoas mais capacitadas para determinadas atividades. Mas mudar é bom, e não se trata de aparelhamento; é uma mudança decorrente da alternância de poder. É natural, pois a base deve estar em sintonia com as novas prioridades do governo que está assumindo o poder.
Aparelhamento, mesmo, é o que aconteceu ao longo dos últimos 15 anos com a proliferação de municípios no país. Tal medida sobrecarrega o orçamento público, não é eficiente e pode ser considerada uma espécie de aparelhamento da máquina silencioso, discreto; como se estivessem democratizando o país abrindo novos espaços para políticos país afora.
O PT é mal visto em determinados setores por ter levantado a bandeira do FORA FHC. A oposição, hoje, mais especificamente o PSDB, defende, em público, a manutenção do presidente em favor, eles dizem, da governabilidade. Eles não querem desestabilizar o governo pedindo o impeachment do presidente. Muito bonita a atitude do partido, se não fosse, na verdade, por suas articulações de bastidores, pressionando Lula para que não concorra à reeleição.
O barulho é bem menor, mas os objetivos são os mesmos.

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Parênteses

Quando falamos sobre o "Bang-bang no Rio" a minha idéia era usar o sarcasmo para provocar uma reação. Acontece que eu não mantive o sarcasmo ao longo do texto, tendo retirado, inclusive, algumas brincadeiras do texto original. Resultado, recebi um comentário nesse dia sobre a 'minha' posição, que não é 'minha', mas 'nossa'. E ela é 'nossa' porque é da maioria das pessoas, hoje. Ou seja, a tendência é sempre delegarmos responsabilidades; são poucos os que assumem, direta ou indiretamente, a responsabilidade por mazelas que possam existir lá fora.

Para não ficar repetindo, segue o que João disse:
"tendo a discordar de ti e da forma com a qual te posicionas em relação ao problema. Tu dizes 'nós que não temos nada com a omissão com a qual o poder público trata comunidades pobres'. Essa frase é muito significativa pois revela que nossa maior omissão é sermos omissos com relação à responsabilidade de sermos nós também responsáveis pelo estado de coisas que tendemos a criticar apenas de maneira 'externa'. Não seria difícil enumerar uma quantidade de coisas que fazemos para, mesmo sem querer, produzir e reproduzir o fosso social existente entre as classes sociais no Brasil. Omissão de omissão: mais um nome de nossa (minha, sua, dos da classe média, dos das elites-econômicas, intelectuais) irresponsabilidade social."

Perfeito!
Mas e agora, o que vamos fazer??

terça-feira, 12 de julho de 2005

Isso, sim, é uma vergonha!...
A opinião pública deve ficar atenta! Trata-se de um momento perigoso, e se nos prendermos a apenas determinados veículos de informação terminaremos tapados da verdadeira verdade.
Há muitas verdades circulando, hoje. Esse momento de crise alimenta o descompromisso dos meios de informação em informar. Por interesses particulares, alguns criam denúncias, outros adotam as denúncias como verdade e outros simplesmente se omitem em cumprir com sua responsabilidade de informar.
É a hipocrisia circulando como nunca! Para livrar-se disso e não ser vítima desses meios de comunicação interesseiros é importante não acreditar em nada a primeira vista e ler sempre mais, de canais com pontos de vistas divergentes. É a hora de aproveitar e crescer, tornando-se mais do que esses que dizem informar-nos.
É uma vergonha... de quem é essa frase? O companheiro Jorge disse bem. E a vergonha está cada vez mais escancarada. Ela não está na política, apenas. Ontem, um bispo da Igreja Universal foi pego com 10 milhões numa maleta. Dinheiro este que ele diz ser dos dízimos coletados. O absurdo e a vergonha não estão aí, ainda. Está aí, também, mas quando um telejornal deixa de noticiar um fato desses, não será isso uma vergonha maior? Se sua missão é informar, não estarão as pessoas sendo omissas para com seus telespectadores? Com certeza que sim!! Pois ontem, o fato mais importante do dia, a prisão do deputado-bispo do PFL, não foi chamada no telejornal de Boris Casoy na TV Record, da Igreja Universal. E isso, Boris, é uma vergonha.
Semana passada saiu no jornal uma confissão importante para que nós mantenhamos a guarda sobre o que é divulgado na imprensa. O ex-motorista de uma deputada petista em Goiás admitiu que recebeu uma proposta de “mesadão”, sendo que de nenhum política. O motorista disse ter recebido propostas da imprensa de até R$ 60 mil para denunciar alguma coisa. E quando vi a Karina Somaggio em Jô Soares não tive dúvidas que aparecer é a pretensão desses “Famosos Quem” que a imprensa, por meio deles, pretende nos manter informados.
Para leitores de Playboy, em breve a nova capa será ela, Karina Somaggio, a secretária mala do Brasil!
Não acreditem em tudo que lêem.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Sandy e Junior
As Organizações Globo não se cansa de bajular a dupla Sandy e Junior, fazendo, inclusive, com que a massa os aceite como sendo grandes nomes da música popular brasileira. A dupla se encontra numa nova fase em sua carreira: a de separação. Ambos começam a traçar seus próprios caminhos nesse novo sentido. Mas nem todo mundo está convencido de suas qualidades.
O processo de evolução dos dois é bastante patético, mas, ao mesmo tempo, impressionante. Afinal, eles estão em cena desde criancinhas. Nesse processo mercadológico pelo qual passaram eles já foram criancinhas bonitinhas cantando; já foram uma dupla sertaneja mirim; já foram os irmãos inseparáveis, unidos e exemplares; sandy já foi a menina virgem, quando era comercialmente interessante defender sua rodagem; sandy é a menina da voz maravilhosa; é a bonitinha e estudiosa; e Junior o músico!; o cara que toca guitarra, violão, bateria... tudo. E sempre tiveram muito espaço na mídia, ganhando, sempre, muito dinheiro com todas as máscaras que lhes impuseram.
Ou seja, eles já foram muita coisa. E isso é patético, porque, fora a voz de Sandy (usada muito mal, por sinal, se compararmos à forma como Gal Costa usou a sua), qual é o “tchan” dessa dupla? Eles mudam, mas não evoluem. A mudança é de acordo com o mercado, jamais contrariando-o. Que tipo de artistas são eles?
O que vemos é que não adiantou tanto esforço de marketing para a dupla seguir seus rumos separadamente. Há um mês, Junior foi fortemente vaiado no Circo Voador em show de Lenine. Na premiação Multishow, essa semana, mais uma vez não foi a vez de Junior. Qual será o futuro desse brilhante artista brasileiro, injustamente julgado pela opinião pública ao longo de sua carreira, fazendo-o crer que ele era bom em tudo que fazia? A massa é responsável pelo declínio da carreira de Junior Lima, assim como o foi para sua ascensão.
E Sandy... porque ela não aparece? Será que está esperando os resultados do vôo solo do irmão para ver se seguirá sua carreira com, ou sem ele?Analisando a dupla como um produto, eles tiveram sucesso em seus inúmeros reposicionamentos conseguindo, sempre, fugir do declínio com novas caras. Vamos ver se essa nova transformação, separando um do outro, enfim acabará com a carreira musical de mais dois músicos que, como vários, foram artistas sem prezar pela arte.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Bang-bang no Rio.
A semana começou com tiroteio nas Linhas Vermelha e Amarela, no Rio de Janeiro. No final de semana, me senti no São João em Recife, ouvindo os fogos da Rocinha indicando a presença policial no morro. A semana começa e continua com troca de tiros na Rocinha, entre policiais e traficantes em plena luz do dia; tiroteios começando às 10h. Balanço na Rocinha: dois civis mortos e nenhum traficante apreendido. Ontem, em São Conrado, mais um seqüestro de ônibus às 17h! Resultado: um civil, de 20 anos, morto com um tiro na cabeça.
O clima é de medo.
A solução? O vice-governador fluminense já propôs erguer muros ao redor das favelas para conter sua expansão. Deve ter se inspirado nas ações nazistas do judeu Ariel Sharon, em Israel. Os muros não foram levantados como proposto por Luiz Paulo Conde. Eles vão ser erguidos na Linha Vermelha para proteger os cidadãos que andam de carro por ali.
Eu estou longe de ser especialista em segurança pública, mas eu vejo coisas erradas acontecendo e que eu atribuo toda essa violência aos equívocos que vêm sendo repetidos pelo poder público.
O que eu quero dizer é que a autoridade nos morros não é o governo. O Estado não atua nas favelas de outra forma que não seja por meio de ações policiais. Ou seja, a presença do Estado nos morros se dá, apenas, por meio da força. O Estado não está presente por meio de saneamento, educação, esporte e lazer, cultura, saúde.
Enquanto essa situação perdurar, enquanto o Estado só marcar presença nos morros por meio da força ignorando outros aspectos da vida dos cidadãos, enquanto o cordão de isolamento entre favela e “sociedade” persistir, situações de revolta, indignação e constrangimento continuarão a acontecer. E, normalmente, quem paga somos nós que pegamos o ônibus para voltar do trabalho no final da tarde... nós que não temos nada com a omissão com a qual o poder público trata comunidades pobres.
O secretário de segurança do Rio anunciou essa semana uma grande medida a ser tomada em breve: vão levantar uma torre policial de não sei quantos metros no Complexo da Maré (um conjunto de favelas) no sentido de observar as movimentações dos traficantes na área. Legal, né?! Será mais uma ação de segurança do governo Rosinha que, seguramente, não melhorará em nada a vida de ninguém, muito menos daqueles que moram na região. Para estes, o medo só vai aumentar...
Jorge disse o seguinte...
A idéia é abrir um canal de discussão e debate de idéias aqui dentro. A gente boceja, mas pensa, também. Pois, segue abaixo o que Jorge disse.
"Infelizmente, o que há no Brasil é uma ditadura aristocrática da grande imprensa. Ela pode e deve fiscalizar a sociedade civil e o Estado, mas quem a fiscaliza? Ou iremos acreditar que os donos desses orgãos não tem nenhum interesse pessoal que não o bem público? Quando qualquer orgão ou indivíduo critica a imprensa, vem logo a CHANTAGEM do cessearmento da liberdade de imprensa. É um desrespeito o que a revista VEJA faz, transformando denúncias e especulações em fatos, e procurando meia dúzias de intelectuais reacionários para legitima-la. Quem viu as últimas capas das principais revistas semanais brasileiras, percebeu os esforço homérico em se associar - custe o que custar - o presidente da República à toda essa crise, inclusive de dizendo haver uma blindagem de proteção por parte da base, da oposição (pasmem!) e da imprensa (pasmem de novo). Que imprensa? Isso é chamar o leitor de idiota.Quando eu vejo Boris Casoy apresentar um telejornal no qual ele pago (cerca de R$400 mil)por Edir Macedo, o maior estelionatário desse país, querer que eu acredite na sua honestidade jornalística dizer 'isso é uma vergonha', eu repito, 'de fato, o Sr. é uma vergonha' ".

terça-feira, 5 de julho de 2005

CULPADOS ATÉ QUE PROVEM INOCÊNCIA!
Como é que pode uma coisas dessas? Na Suécia, ou na Áustrália, se um cidadão se entregar dizendo ter cometido um crime, sua foto e identidade são mantidos em sigilo até seu julgamento. Não digo que esse sistema seja o melhor; apenas ressalto o respeito que ele mantém à dignidade do indivíduo.
Eu não vivi essa experiência, mas sei que, no Brasil da ditadura, jornais eram publicados com receitas de bolo censurando alguma informação de chegar à opinião pública. Um total descaso ao povo, o qual era deixado a margem da realidade.
Hoje, embora não mais num regime militar, a imprensa, quase que como um cartel, controle o que e como o povo recebe as informações. Na sede por notícias, diferentes canais chegam a usar falsas informações divulgadas por colegas para não deixar de publicar aquela notícia. Parece que acabou a ditadura e agora jornalistas, ou empresários, ou empresários e jornalistas, decidem o que chegará ao noticiário e a forma como se chegará. Antes havia o controle, o cerceamento. Agora é a irresponsabilidade; o descaso com o indivíduo. O poder quase ilimitado e não monitorado por um grupo organizado de profissionais da área.
Jorge Disse... disse que há um movimento clandestino, porém escancarado, da imprensa contra o governo. Ele diz que " nunca vi um panfletismo tão explícito como vejo na lamentável( e pauperrima do ponto de vista da qualidade dos textos) imprensa brasileira". Pois é, eu acho perigoso a postura denuncista com a qual a imprensa normalmente lida com casos relacionados ao governo federal. As apurações devem ser feitas quando houver denúncias! As denúncias devem ser acompanhadas e a opinião pública jamais ignorada. A dignidade do indivíduo deve ser preservada até que seja provado algum fato ilícito contra sua pessoa.
É o que eu acho...

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Timemania X Realidade
A MP da Timemania é um mecanismo para salvar os clubes de futebol brasileiros. Para salvar do quê? Será a dívida o único motivo para o futebol estar na situação em que se encontra? Por que eles estão endividados? Onde é que o governo está mexendo, estruturalmente falando, ao criar essa nova loteria?
A sua criação é interessante porque de fato a MP cria receitas para os clubes, porém, ela o faz tirando dinheiro dos mais pobres, pois são eles quem, em sua maioria, participam de loterias. O governo deveria se preocupar em criar novas formas de gerar receita para clubes e, também, em monitorar a forma como as receitas repassadas para os clubes são administradas. O principal problema, portanto, não chega a ser combatido.
Afinal, o maior problema dos clubes, antes das dificuldades financeiras, é o tipo de gestão, os dirigentes de clubes e entidades. Essas pessoas devem ser cobradas quanto a sua gestão e sobre a forma como gastam seus recursos. Trata-se de dinheiro público e o governo deve acompanhar seu uso e cobrar desempenho gerencial para os que recebem.A indústria do futebol é rica e, no Brasil, tem um potencial de crescimento ainda muito grande. A criação da Timemania é uma ação imediata para salvar os clubes em curto prazo. E mais adiante, como é que fica? Se potencial do futebol continuar sem ser eficazmente explorado e se ele continuar a ser gerido politicamente, passaremos o tempo todo a criar novas loterias para salvar os clubes de suas crises, então, permanentes. O buraco é mais embaixo...
PT X Governo
Partidos oposicionistas e eleitores preconceituosos e desinformados aproveitam a crise do governo para culpar aqueles que queriam ver o PT no governo. É difícil fazê-los crer que não se trata de uma crise do governo e, sim, partidária .
Sim, o PT é o partido de sustentação do governo, porém, nunca deixou de criticá-lo e confrontá-lo quando havia necessidade de debate. Afinal, ser partidário é isso: debater, confrontar, argumentar para, no final, consensualizar.
O PT tem mais a cara de pessoas como Cristóvam Buarque, Paulo Paim, Chico Alencar, Raul Pont, Jorge Viana, Tião Viana; do que de pessoas como José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha, Delúbio Soares, Luiz Gushiken. Esses últimos são a cúpula do partido e, em nome de todos e contra muitos, tomaram decisões estranhas, fizeram acordos mal-assombrados e colocaram em jogo a imagem do Partido dos Trabalhadores.
Uma mexida no governo não é a única necessidade, hoje. O PT, também, deve renovar-se se desfazendo dessa sua cúpula (Genoíno, Delúbio, Silvio, entre outros da executiva) que tanto negociou em nome do partido sem nunca ter posto na mesa para todos a forma como andavam atuando.
Tenho que concordar com o deputado Roberto Jefferson: o problema está no PT; mais especificamente na cúpula petista. E, sabendo disso, o presidente deve afasta-la do núcleo de decisões do governo.
Já estão falando da renúncia de Genoíno da presidência do partido. Em seu lugar: Raul Pont. Bom sinal. Vamos ver o que acontece essa semana com a reforma ministerial...

sexta-feira, 1 de julho de 2005

SEM MEDO DE SER FELIZ...

Por mais adverso que seja o momento atual, é justamente agora que devemos preservar a esperança de que as coisas vão melhorar. Independente da idade, da vivência que tenhamos, o momento é de otimismo.
Por pior que seja a situação do governo e de seus aliados, seria bom que os governistas saíssem da crise mais fortes. Entretanto, para que isso seja possível, uma vassourada é imprescindível. Passar a vassoura nas estatais; passar a vassoura nos ministérios; passar a vassoura nos aliados. Quem são os verdadeiros aliados desse governo? Onde estão eles? Quais são os projetos de impacto desse governo? É preciso resgatá-los! É preciso sair da mesmice e produzir, mostrar coisas novas.
Essa crise deveria ser aproveitada para se fazer tudo que poderia ter sido feito muito antes! É o momento de começar a discutir a Reforma Política e aprová-la, nem que seja em pedaços. A Reforma Administrativa é outra que deve começar a ser discutida e aprovada, mesmo que de forma fatiada. Enfim, é chegado o momento de mudar, sendo que agora, mudar de verdade! Chega de Duda Mendonça; chega de alianças fisiologistas! O momento é de transformar o governo num governo de lutas e realizações! É hora do governo seguir sua própria propaganda e "Dar um bom exemplo" à sociedade.
O que eu tenho dito é que o PT ganhou as eleições presidenciais, mas o governo não é PT. Nunca foi. E é isso que deve começar a ser resgatado, pois Lula foi eleito para mudar. Mudar qualquer coisa que seja, mas, preferencialmente, efetuar mudanças estruturais que, de fato, recolocassem o país num rumo diferente.
Não acredito que se trate de golpismo oposicionista, nem tampouco creio que seja o maior esquema de corrupção jamais visto por Roberto Jefferson. A confusão é consequência da inabilidade política do governo, somado a uma classe corrompida e apodrecida no Congresso e ao desgosto e ciúmes de deputado em cair sozinho enquanto outros continuam a mamar das tetas em que ele sempre mamou.
As apurações vão ser feitas, os corruptos vão ser parcialmente descobertos e no ônibus governista ficarão os que têm compromisso com o governo. E, espero, isso acontecerá rapidamente, sem intervenção do Palácio; até porque os palacianos estarão trabalhando para, em 2006, mostrar algum projeto ou alguma atitude que justifique a reeleição de Lula para presidente.