CULPADOS ATÉ QUE PROVEM INOCÊNCIA!
Como é que pode uma coisas dessas? Na Suécia, ou na Áustrália, se um cidadão se entregar dizendo ter cometido um crime, sua foto e identidade são mantidos em sigilo até seu julgamento. Não digo que esse sistema seja o melhor; apenas ressalto o respeito que ele mantém à dignidade do indivíduo.
Eu não vivi essa experiência, mas sei que, no Brasil da ditadura, jornais eram publicados com receitas de bolo censurando alguma informação de chegar à opinião pública. Um total descaso ao povo, o qual era deixado a margem da realidade.
Hoje, embora não mais num regime militar, a imprensa, quase que como um cartel, controle o que e como o povo recebe as informações. Na sede por notícias, diferentes canais chegam a usar falsas informações divulgadas por colegas para não deixar de publicar aquela notícia. Parece que acabou a ditadura e agora jornalistas, ou empresários, ou empresários e jornalistas, decidem o que chegará ao noticiário e a forma como se chegará. Antes havia o controle, o cerceamento. Agora é a irresponsabilidade; o descaso com o indivíduo. O poder quase ilimitado e não monitorado por um grupo organizado de profissionais da área.
Jorge Disse... disse que há um movimento clandestino, porém escancarado, da imprensa contra o governo. Ele diz que " nunca vi um panfletismo tão explícito como vejo na lamentável( e pauperrima do ponto de vista da qualidade dos textos) imprensa brasileira". Pois é, eu acho perigoso a postura denuncista com a qual a imprensa normalmente lida com casos relacionados ao governo federal. As apurações devem ser feitas quando houver denúncias! As denúncias devem ser acompanhadas e a opinião pública jamais ignorada. A dignidade do indivíduo deve ser preservada até que seja provado algum fato ilícito contra sua pessoa.
É o que eu acho...
Um comentário:
Caro, Diogo, fico feliz de ver que não sou apenas eu quem enxerga o maniqueísmo barato da imprensa brasileira. Quem leu o post do Sr. Rams no blog do César pode ver que existe quase uma pré-disposição para se julgar e condenar todos os membros do PT, inclusive o presidente. Infelizmente, o que há no Brasil é uma ditadura aristocrática da grande imprensa. Ela pode e deve fiscalizar a sociedade civil e o Estado, mas quem a fiscaliza? Ou iremos acreditar que os donos desses orgãos não tem nenhum interesse pessoal que não o bem público? Quando qualquer orgão ou indivíduo critica a imprensa, vem logo a CHANTAGEM do cessearmento da liberdade de imprensa. É um desrespeito o que a revista VEJA faz, transformando denúncias e especulações em fatos, e procurando meia dúzias de intelectuais reacionários para legitima-la. Quem viu as últimas capas das principais revistas semanais brasileiras, percebeu os esforço homérico em se associar - custe o que custar - o presidente da República à toda essa crise, inclusive de dizendo haver uma blindagem de proteção por parte da base, da oposição (pasmem!) e da imprensa (pasmem de novo). Que imprensa? Isso é chamar o leitor de idiota.
Quando eu vejo Boris Casoy apresentar um telejornal no qual ele pago (cerca de R$400 mil)por Edir Macedo, o maior estelionatário desse país, querer que eu acredite na sua honestidade jornalística dizer "isso é uma vergonha", eu repito, " de fato, o Sr. é uma vergonha"
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